Segunda-feira, 25 de março de 2019 - 10h54
Florianópolis, SC, 11.03.2019
Ainda
que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de
onde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis
de onde venho, nem para onde vou. (Bíblia Sagrada, João 8:14)
Nós
somos sábios, e a lei do Senhor está conosco? Mas eis que a falsa pena dos escribas a converteu em mentira. (Bíblia Sagrada
Jeremias 8:8)
É
o que ele faz em todas as suas cartas, nas quais fala nesses assuntos. Nelas há
algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua
própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras.
(II Pedro 3:16).
Porque
vos digo que, se a vossa justiça não exceder em
muito a dos escribas e fariseus, de modo algum entrareis no reino dos céus.
(Mateus 5:20)
Mais uma vez os
hipócritas da “Comissão da ‘In’Verdade”,
que queriam impor na “Terra Brasilis”
o “democrático” regime comunista,
tentam denegrir a imagem do Exército Brasileiro acusando-o agora de extermínio
de índios Waimiri-Atroari. Baseados em testemunho de personagens fictícios e/ou
sem nenhuma credibilidade e fazendo afirmações sem apresentar qualquer tipo de
provas devidamente fundamentadas.
Participei, em
1982/3 da manutenção da BR-174, e seria no mínimo estranho, para não dizer
surreal, que aqueles que hoje nos acusam nos tratassem, na época, com tanto
carinho, respeito e irrefutável confiança. Vejamos a notícia estampada em um
controvertido “pasquim” nacional.
Folha de S. Paulo ‒ São
Paulo, SP
Quarta-feira, 23.08.2017
Procuradoria quer Indenização
e Desculpas a Índios por Violações na Ditadura
[Rubens Valente de Brasília]
O Ministério Público Federal ajuizou uma ação civil
pública na Justiça Federal do Amazonas contra a União e a Funai [Fundação
Nacional do Índio] pela qual requer uma indenização de R$ 50 milhões e pedido
oficial de desculpas aos índios Waimiri-Atroari por danos sofridos pela etnia
durante a ditadura militar [1964-1985]. [...]
Em anexo ao relatório final divulgado em 2014, a
CNV [Comissão Nacional da Verdade] calculou que 2.650 índios ([1])
Waimiri-Atroari tenham morrido em consequência das obras de abertura da rodovia
BR-174, que liga Manaus [AM] a Boa Vista [RR]. A obra foi realizada pelo
Exército de 1968 a 1977. [...]
Em novembro de 1974, o responsável
pelas obras, o General Gentil Nogueira Paes, então comandante do 2° GEC
[Grupamento de Engenharia e Construção], subordinado ([2])
ao 6° BEC [6° Batalhão de Engenharia e Construção], distribuiu um memorando
autorizando as tropas a “realizar
pequenas demonstrações de força, para mostrar os efeitos de uma rajada de
metralhadora, de granadas defensivas e da destruição pelo uso da dinamite[HRS1] ”.
DEPOIMENTOS
Os procuradores da República colheram depoimentos
de operários e indígenas que confirmaram essas demonstrações de força. O
operário Raimundo Pereira Silva disse ao Comitê da Verdade do Amazonas que os
índios “eram levados em uma caçamba para
o acampamento do BEC, faziam eles descerem e davam 600 tiros. Os índios ficavam
tremendo”.
Em depoimento aos procuradores da República, Manoel
Paulino, índio da etnia Karapanã contratado pela Funai para atuar na obra,
disse ter visto indígenas mortos. “Eu vi
corpos dos índios trazidos em uma caçamba e serem jogados no buraco da terraplenagem.
Vi cinco caçambas com índios”. [...] (FOLHA DE SÃO PAULO, 23.08.2017)
Tive nas minhas
mão o tal documento que menciona o emprego de forças de dissuasão ([3]). Após o
“Massacre dos Maranhenses”, no dia
18.11.1974, era necessário tomar providências que garantissem a integridade física
dos trabalhadores. Foi então que o General Gentil determinou que houvesse uma
tropa garantindo a segurança das equipes destacadas. Em nenhuma oportunidade
foi necessário disparar tiros para o alto ou empregar qualquer outro meio de
dissuasão.
O histórico de ataques dos WA nos mostra que eles
só atacavam quando o “inimigo” estava
em menor número e/ou desarmado, o que não acontecia agora com as equipes de
terraplenagem.
Os indígenas,
que se acercavam de nossas equipes de construção eram contemplados com produtos
de nosso rancho que comiam com sofreguidão descomedida, portanto, as únicas
baixas que tivemos após o histórico “Massacre
dos Maranhenses” foram nossos escassos gêneros alimentícios.
É interessante
que, naqueles tempos, os visitava, com minha família, esposa e filhas, uma de 3
meses e outra de um ano e meio, sem qualquer temor.
Pena que hoje
eles tenham assimilado da “civilização”
suas piores qualidades tentando à todo custo auferir lucro mesmo que tenham de
vender suas almas ao próprio diabo.
É justa a
interrupção, a partir das 18h00, de uma Estrada Federal? É correto deixar o
Estado de Roraima, refém da energia produzida pela convulsionada Venezuela
quando poderíamos construir um linhão atravessando a reserva WA levando energia
de Tucuruí e ao Sistema Integrado Nacional (SIN)?
Fonte:
FOLHA
DE SÃO PAULO, 23.08.2017. Procuradoria
quer Indenização e Desculpas a Índios por Violações na Ditadura – Brasil –
São Paulo, SP – Folha de S. Paulo, 23.08.2017.
Solicito publicação:
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de
Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor
e Colunista;
Campeão
do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura
do Exército (DECEx);
Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério
Militar – RS (IDMM – RS);
Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando
Militar do Sul (CMS)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia
Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do
Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio
Grande do Sul (IHTRGS – RS);
Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER
– RO)
Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio
Grande do Sul (AMLERS)
Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da
Escola Superior de Guerra (ADESG).
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
E-mail: hiramrsilva@gmail.com;
Blog: desafiandooriomar.blogspot.com.br
[1] O mais interessante é que nunca foi, em
tempo algum, realizado qualquer tipo de recenceamento oficial da mencionada
população indígena. Visitei, quando comandava a 1ª Cia de E Cnst, várias
aldeias dos WA, e a população de cada uma delas era inferior a 60 indivíduos.
[2] Subordinado: ao qual estava subordinado.
[3] Esclarece-nos o Dicionário Michaelis:
Dissuadir:
fazer [alguém ou a si mesmo] mudar de ideia, abandonar uma decisão;
despersuadir[-se]: “A senhora podia […]
dissuadi-lo de tais ideias, dizendo-lhe simplesmente a verdade e dando-lhe
conselhos […]”. Dissuadiu-se de viajar quando soube da grande festa.
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