Terça-feira, 14 de maio de 2013 - 13h39
Hiram Reis e Silva, Bagé, RS
O Estatuto do Índio merece ser apreciado pelo Poder Legislativo e fixado em Lei, que defina os limites entre o impositivo de integração e o princípio da autonomia indígena. A criação de reservas indígenas na Faixa de Fronteira compromete a segurança nacional e deveria ser submetida à aprovação do Congresso. ( General Maynard Marques de Santa Rosa)
Continuo totalmente voltado para a consolidação dos trabalhos de Reconhecimento do Rio Juruá. A compilação dos dados coletados no trabalho de campo exige uma análise criteriosa e confirmação em diversas fontes, muitas vezes perdidas nas estantes empoeiradas do tempo. Desde que aportei nas abençoadas plagas do meu gaúcho torrão tenho dedicado de dez a doze horas diárias nesse “affaire”. Permito-me relaxar apenas nos finais de semana aproveitando para percorrer a bela região de Bagé e Caçapava do Sul que possuem recantos formidáveis e pouco visitados como o Rincão do Inferno, Bacia do Camaquã, Minas do Camaquã e Guaritas. De vez em quanto, inconformado com os desmandos, omissões e ilícitos de toda a ordem sou forçado a me afastar de minhas pesquisas e reportar o artigo de um ou outro amigo. Desta feita repercuto o Comentário 166 de meu dileto amigo e mestre Gelio Fregapani um patriota extremado sempre atento às questões que tanto afligem ao nosso país, fruto, principalmente, da falta de visão estratégica e compromisso com a nação de nossos mandatários e a alienação que tomou conta de nosso povo inerte que só se preocupa com futebol e músicas de baixíssima categoria.
O Coronel Gelio Fregapani e todos aqueles que como eu conhecem profundamente a Questão Indígena sabem que o crescimento populacional de comunidades indígenas isoladas colocará, em futuro próximo, em risco a soberania nacional. As reservas só são pertinentes às comunidades indígenas na fase de aculturação. Depois de completado o processo elas prejudicam a atividade produtiva e impedem o desenvolvimento econômico. A segregação do índio é discriminatória, ao contrariar o princípio de que todos têm o direito de evoluir e auferir os benefícios do progresso. O artigo “Redoma Fatal”, publicado no jornal O Globo, por ocasião da demarcação da Reserva Ianomâmi, é muito feliz ao afirmar que: “A preservação de grupos étnicos em redomas que os mantenham distantes de contatos humanos não passa de uma tentativa de fazer parar o tempo, como se isso fosse possível, em zonas cujas dimensões e natureza tornam impossível um policiamento protetor. O artificialismo condena esse equívoco, e o resultado final ameaça ser a contaminação dos grupos primitivos pela ação clandestina do que há de pior na sociedade moderna, enquanto o que há de melhor é mantido à distância pelo respeito à lei”.
Outra abordagem de meu caro Mestre Fregapani foi a respeito da Comissão da “Meia Verdade” após o corajoso pronunciamento do Brilhante Coronel Ustra. Uma Comissão que pretende rever a conduta exclusivamente de agentes públicos deixando de lado as ações daqueles que roubaram, assassinaram e mutilaram inocentes é uma piada de mau gosto e atende aos anseios dos verdadeiros inimigos externos do Brasil.
Como o heróico Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra disse já há algum tempo: “Excessos em toda guerra existem, podem ter existido, mas a prática de tortura como eles falam não ocorreu. Eu efetivamente não cometi excesso contra ninguém. A minha missão como comandante não era de estar ali junto, interrogando preso. Eu não torturei ninguém”. Veja: AQUI.
A Oligarquia Financeira Transnacional lançou sementes em terra fértil provocando a cizânia e os alienados da esquerda festiva seduzidos pela sedutora cantilena da “justiça” foram cooptados justamente por aqueles a quem condenam.
COMENTÁRIO 166 de 12 de maio de 2013
Assuntos: A Questão Indígena e a Comissão da “Verdade”
- Questão Indígena
A questão indígena – no caminho da solução.
O problema começou com o Collor, com a homologação da área ianomâmi, em obediência à exigência do Congresso norte-americano e se agravou no governo FHC, chegando ao ápice no governo Lula, que além de criar novas e imensas reservas empenhou-se em expulsar donos de propriedades centenárias na Raposa para entregá-las a índios que nem sempre as queriam, na verdade nem seria para os índios, mas para ONGs estrangeiras, decididas a dividir o País em etnias hostis, novamente por pressão do Congresso dos EUA.
Na medida em que a Funai, agindo com um super-poder de criar nações, extrapolava o limite do razoável o País iniciou a tomar consciência. As novas reivindicações da Funai no Mato Grosso do Sul poderiam repetir, em escala agora ampliada, a tragédia de Raposa Serra do Sol. A economia seria severamente agredida e dezenas de milhares de famílias se revoltariam. E os índios, tal como na Raposa seriam reduzidos a miséria, sustentados pela bolsa família. A Funai começava a ser detestada juntamente com o Ibama e não somente pela população rural. Se para retirar apenas seis fazendeiros e poucas centenas de cordatos pequenos proprietários o governo Lula teve de montar uma operação de guerra, vencendo com dificuldade, para retirar milhares de fazendeiros do Mato Grosso do Sul, do Paraná e do Rio Grande do Sul, talvez não houvesse força, e isto se o Exército não se insurgisse contra a entrega às ONGs que manipulam os índios.
O Estado Brasileiro iniciava a se dar conta do perigo da reação e das previsíveis consequencias, que poderiam ir desde a drástica redução da produção rural até a independência das áreas indígenas, ensejando intervenção internacional em nome do “dever de ingerência”, estando em jogo os interesses dos países hegemônicos.
Naturalmente, foi a reação não só dos produtores rurais, que incentivou o Governo a interromper a criação de reservas indígenas em regiões de conflito, mas outros fatores tiveram sua influência:
1- Um relatório da Embrapa desmentiu os laudos da Funai nas demarcações do Centro Oeste. Anteriormente o Grupo de Trabalho da Amazônia, coordenado pela ABIN, já havia exposto as fraudes do laudo antropológico em que a Funai usou como pretexto para a traiçoeira demarcação da Raposa-Serra do Sol
2- Depois, a Dilma não é como o Lula, que recua quando a pressão toma vulto. Diferente do Collor e do FHC que criaram reservas por ideologia, e mesmo do Lula que as criou por covardia, Dilma já não demonstrara entusiasmo por novas reservas, contrariando tanto a pressão internacional como a parcela indianista (do PT, dos ambientalistas e dos gays). Desta vez determinou à Casa Civil que resolvesse a questão. Se Dilma deu instruções a respeito, apenas podemos inferir, mas o fato é que a Ministra Gleisi Hoffmann, de imediato, instruiu o Ministério da Justiça (a quem está subordinada a Funai) que interrompesse as demarcações até novos estudos, onde os elaborados pela Funai serão confrontados com os feitos pela Embrapa e outras instâncias do governo, e que os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura serão consultados sobre os impactos das demarcações. A suspensão deve se estender também a áreas do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
A ministra Gleisi mostrou que pensa no Brasil, acima dos interesses partidários. Começou declarando que não se corrige uma injustiça com outra injustiça. Parabéns! Esperemos que não seja demagogia e parece que não é, pois há informações que a Embrapa já fez reanálise de estudos demarcatórios da Funai em 15 locais do oeste paranaense. A Funai, como sempre, alega tratar-se de territórios tradicionais indígenas, mesmo em regiões de grande produtividade rural, onde a presença de índios seja recente ou até mesmo inexistente. A Ministra demonstra ser firme.Nesta questão, estamos no caminho da solução.
- A Comissão da “Verdade”
Comissão da Verdade – Os antigos terroristas que buscam a vingança ainda se arrependerão de ter criado essa frente, pois seus crimes foram muito mais cruéis. Só os inconsequentes não sabiam que se eles forçassem muito a barra haveria uma rebelião militar. O que não esperavam é que seus crimes viessem a público, como começou a acontecer com o depoimento do Cel. Ustra.
Só lamentamos que a exposição dos fatos ainda não tenha atingido os principais terroristas que ainda nos hostilizam, mas sim à Presidente, que tem se redimido parcialmente dos erros da juventude O quer que ela tenha feito de errado já foi anistiado, e não se toca mais no assunto, desde que seja assim para os dois lados. Ela também tem motivo de se arrepender de ter deixado funcionar essa Comissão, pois ela foi atingida pessoalmente , além de existir um potencial explosivo de desunião. Preferiu não responder e fez muito bem.
Se unidos já temos dificuldades, desunidos estaremos pior. O ideal é deixar o passado onde deve estar, ou seja, na História.
Que Deus guarde a todos nós e que nos ajude a manter a união
Gelio Fregapani
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS);
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.
E-mail: hiramrsilva@gmail.com
Blog: http://www.desafiandooriomar.blogspot.com
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