Sexta-feira, 8 de março de 2024 - 08h10
Bagé,
08.03.2024
Navio Punta Piedras – Jornal Agora,
09.07.1976
Outro navio
encalha com muito trigo – O “Punta
Piedras”, transportando 3.700 toneladas de trigo argentino para o Brasil,
encalhou no canal da Feitoria, Lagoa dos Patos. O navio argentino com 26
tripulantes a bordo e 116 m de comprimento está assentado integralmente em
banco de areia, após ter sofrido um sensível desvio, já que o canal tem 80
metros de largura. O “Punta Piedras”
zarpou do porto do Rio Grande na tarde de segunda-feira, com destino a Porto
Alegre, onde desembarcaria as 3.700 toneladas de trigo. Nas últimas horas da
tarde o acidente foi comunicado e ontem pela manhã o rebocador “Stem Winber”, da Ciª Navegação das
Lagoas dirigiu-se para o local, onde realiza as operações de resgate.
A 37 milhas
do Rio Grande, o navio argentino – segundo as primeiras informações – aguarda
resultados satisfatórios na ação do rebocador, não havendo necessidade de
retirada da tripulação de bordo, como aconteceu com o “Altair”, encalhado desde domingo a 18 quilômetros ao Sul da Barra
do Rio Grande. Enquanto isso, a Capitania dos Portos vai ouvir depoimentos da
tripulação do “Altair” para integrar
o inquérito instaurado. (AGORA)
Faróis
A frequência
de naufrágios diminuiu com a construção de faróis que proporcionaram às
embarcações os únicos pontos de referência neste litoral sem acentuadas
elevações.
O farol da
Barra da Lagoa dos Patos foi o primeiro da costa brasileira, construído em 1820
para guiar os navios que chegavam ao porto de Rio Grande. Quando uma forte
tempestade o derrubou, foi substituído pelo atual farol em 1852.
Somente
entre 1909 e 1910 foram construídos os faróis da Barra do Chuí e o farol
Sarita, próximo à Reserva Ecológica do Taim e o farol Albardão, que foi
substituído por um outro em 1949, sendo considerado o mais solitário da costa
brasileira.
O farol
Verga e o farol Fronteira Aberta foram construídos, respectivamente, em 1964 e
1996, sendo o último derrubado pouco depois por fortes ventos.
Ainda assim,
acidentes com embarcações ainda acontecem nesse litoral, embora em sua maioria
estejam restritos a barcos de pesca que dependem muito das condições
meteorológicas ou se arriscam na pesca ilegal em águas rasas próximas da praia.
(BARCELLOS & CORDAZZO & SEELIGER)
Relatos
Pretéritos - Naufrágio do Rio Apa
Jornal do Commércio, n° 198
Rio de Janeiro, RJ – Domingo, 17.07.1887
Paquetes “Rio Apa”
e “Rio Jaguarão”
Tendo constado, anteontem, que o Paquete “Rio Apa” da Companhia Nacional de
Navegação a Vapor, perdera-se nos Mares do Rio Grande do Sul, o Sr. gerente da
mesma companhia telegrafou pedindo informações e, obtendo em resposta apenas
que o “Rio Apa” havia chegado à Barra
do Rio Grande no dia 11 e que momentos depois caíra rijo temporal;
desaparecendo então o Paquete, ordenou que saíssem a procurá-lo o “Rio Jaguarão” e o “Rio Negro”, que se achavam este em Santa Catarina e aquele em Montevidéu.
O Sr. Ministro da Marinha recebeu o seguinte
telegrama do Vice-Presidente da Província do Rio Grande, Dr. Villa Nova,
expedido de Porto Alegre às 09h10 da noite de anteontem, 15:
Acabo de receber do Comandante da Barra o
seguinte telegrama: Mandei “S. Leopoldo”
percorrer a Costa do Norte e o “Lima
Duarte” segue a percorrer a Costa Sul até 20 milhas ao Sul da Barra nada
encontrei além da escuna “Évora”, que
se acha na praia 10 milhas da Barra. Continuam a chegar à praia do Pontal até
ao Norte objetos que com certeza pertencem ao Rio Apa. É minha opinião que o “Rio Apa” soçobrou procurando vencer o
mar e vento que o atiravam para terra, corrobora esta opinião o fato de
avistar-se navio, pouco antes das 14h00, desaparecendo pouco depois em espessa
cerração que obstou sua entrada, não tendo tempo de afastar-se da Costa até às
21h00, quando caiu o temporal. O “S.
Leopoldo” nada encontrou para o Norte. Veio à praia a caderneta do soldado
do 14° Batalhão de Infantaria José Marcolino da Silva, que, penso, seria
passageiro do Paquete “Rio Apa”.
O Sr. Gerente da Companhia Nacional de
Navegação a Vapor recebeu ontem os seguintes telegramas:
Montevidéu, 16 de julho de 1887. – Nacional “Rio Apa” nada. “Rio Jaguarão” naufragou Maldonado madrugada. Levo vapor salvação. –
Estácio Pessoa.
Rio Grande, 16 de julho de 1887. – Nacional “Rio Jaguarão” naufragou Maldonado,
passageiros salvos. Apa nada. – Moutinho.
O Paquete “Rio
Jaguarão” tinha saído anteontem à tarde de Montevidéu e ia procurar o “Rio Apa” em Maldonado, Castillos Chicos
ou Castillos Grandes.
O “Rio
Apa” foi fabricado na Inglaterra, de onde veio em 1879 e há ponto tempo
tinha sido concertado.
Consta que na costa de Rio-Grande já se
contavam seis navios naufragados dos quais a escuna “Évora”, de que fala o comandante da Barra do Rio Grande no seu
telegrama ao Vice Presidente da Província e que desde 1856, não houve temporal
tão violento como o que caíra agora. [...] (JDC, N° 198)
Jornal do Commércio, n° 209
Rio de Janeiro, RJ – Quinta-feira, 28.07.1887
A Companhia Nacional de Navegação
a Vapor e o Sinistro do Paquete “Rio Apa”
Sob a dolorosa impressão da catástrofe
acontecida ao Paquete “Rio Apa”,
daqui saído no dia 5 do corrente para os Portos do Sul com destino a Corumbá, o
qual, tendo sido, avistado em frente à Barra do Rio Grande na tarde de 11,
desapareceu, sem que haja até agora notícia do paradeiro que levou, começaram a
circular inexatas apreciações sobre o lutuoso sinistro, e, como soe acontecer
em tais ocasiões, não faltou quem, sem conhecimentos dos fatos, o quisesse
imputar à culpa dos homens, não sendo julgada isenta de censura a Diretoria da
Companhia, à quem, sem injustiça, não se pode atribuir responsabilidade pelo
triste acontecimento.
Era dever da Diretoria rebater infundadas
acusações, e mostrar a improcedência das censuras; entendeu, porém, que poderia
melhor preenchê-lo, depois de passada a primeira impressão e mais serenados os
espíritos e quando possuísse documentos que não constam dos seus arquivos, e
que só poderiam ser fornecidos pela repartição competente do Ministério da
Marinha.
É deste dever que a Diretoria vem agora
desempenhar-se, analisando os pontos de acusação e censura que têm sido
formuladas, com mais ou menos franqueza, nas publicações das folhas diárias e
nos círculos onde tem sido comentado o imprevisto sucesso. Assim a diretoria
tem sido responsabilizada pelos seguintes motivos:
a) por ter deixado navegar na linha do Sul, conduzindo passageiros e
valores, o Paquete “Rio Apa”, que,
construído especialmente para a navegação fluvial, não era apto para suportar
os contratempos de tão difícil travessia;
b) por ter carregado o Paquete além da sua lotação;
e) por ter consentido que largasse daqui esse Paquete sem estar em
condições de navegar;
d) por não ter atendido com providências imediatas para se averiguar o
paradeiro do Paquete, socorrer os náufragos e salvar valores.
Nenhuma destas censuras é razoável.
O Paquete “Rio
Apa”, conquanto adaptado à navegação entre Montevidéu e Corumbá, não foi desviado
dessa carreira para ser empregado na linha do Sul.
Repelido de Montevidéu em viagem de Corumbá
para aquele Porto, quando na República do Paraguai e na Província de Mato
Grosso, irrompeu a epidemia do “cholera
morbus”, o Paquete “Rio Apa”, que
pairava no Oceano por não poder comunicar com a terra, teve ordem do Governo
Imperial para vir para a “Ilha Grande”,
onde foi empregado no serviço quarentenário do Lazareto. Daqui saiu este
Paquete em viagem direta para Corumbá em Comissão de socorros às povoações de
Mato Grosso, flageladas pelo “cholera”,
e, regressando desta Comissão, continuou empregado em serviço do Ministério do
Império.
Cessando a epidemia, e devendo ser
restabelecida a navegação regalar da linha fluvial de Mato Grosso, suspensa
enquanto durou aquela calamidade, o Paquete dispensado da Comissão em que
estava, se preparou para seguir para o seu destino, isto é, voltar para
Montevidéu a fim de continuar aí a carreira entre este Porto e o de Corumbá.
Com a mesma felicidade com que o “Apa” foi daqui a Montevidéu em Comissão
de Socorros, e de lá voltou, já de outras vezes, e, em anos anteriores realizou
muitas outras viagens, afrontando os mares tormentosos do Sul, sem que ninguém,
a quem pudesse caber a responsabilidade direta dos acontecimentos, fosse
acusado de indiferentismo pela sorte das vidas embarcadas nesse Paquete, ou
advertido dos perigos a que ele se expunha.
Quando, em 1882, a companhia teve de executar o
contrato celebrado com o Governo Imperial em virtude do decreto n° 8.458 de 24
de março deste ano, não estando ainda habilitada com o material indispensável
para desempenhar este serviço, e não encontrando no Porto do Rio de Janeiro
nenhum vapor que satisfizesse às condições de calado e segurança para a
navegação da linha do Sul, solicitou permissão para empregar nesta linha os
Paquetes “Rio Apa” e “Rio Branco”, que serviam na de Mato
Grosso.
Justificando esse pedido, em nome da Companhia,
o seu Presidente o Comendador Eusébio José Antunes, que era um profissional de
autorizada competência, assim se exprimiu em petição dirigida ao Governo
Imperial:
Os Paquetes “Rio Apa” e “Rio Branco”
são navios de mais de 200 toneladas de carga, construídos com os melhores
materiais empregados geralmente e segundo os melhores modelos, com acomodações
arejadas para 50 passageiros de 1ª classe, espaço suficiente debaixo da coberta
para 100 no convés, calando 8 pés, velocidade 12 milhas, o que os coloca
exatamente nos termos exigidos no referido artigo 12 do contrato para os novos
vapores. São excelentes atualmente para a Barra do Rio Grande que conserva-se
baixa.
Tão razoáveis eram os motivos alegados que o
Governo Imperial deferiu o pedido autorizando por aviso de 20 de junho de 1882
a Companhia para empregar os paquetes “Rio
Apa” e “Rio Branco” na Linha do
Sul durante a construção dos dois novos paquetes.
Em virtude dessa autorização o “Rio Apa” fez seguidamente, de 03.08.1882
a 31.01.1833, sete viagens deste Porto para Montevidéu, e vice-versa
transportando passageiros e conduzindo valores sob o comando do distinto
Capitão de Mar e Guerra Pereira Franco, o mesmo à cuja perícia foi confiado o
comando do Paquete na malograda viagem de 5 do corrente e de 28 de fevereiro a
11.06.1883, seis viagens sob o comando interino do Sr. Antônio Afonso da Costa.
A experiência de tantas viagens, sem que jamais
nenhum acidente patenteasse defeitos tais na construção do navio, que o
tornassem absolutamente impróprio para a travessia da Linha do Sul, que se
fazia mesmo na estação dos temporais, ou viesse denunciar culpa de quem quer
que seja em consentir que esse Paquete navegam na Linha do Sul, parece que de
sobra justifica a tranquilidade e segurança com que a atual diretoria mandou o
“Apa” para o Sul, não para
estabelecê-lo nessa carreira, e sim para seguir ao seu destino, que é servir na
Linha fluvial de Mato Grosso.
Tem-se propalado à puridade que o Paquete saiu
daqui abarrotado de carga, excedente de sua lotação: é uma aleivosia. A
capacidade do “Apa” foi lotada em 300
toneladas de carga e 116 de carvão, podendo transportar 80 passageiros de 1ª
classe e outros 80 de 2ª.
Na viagem de 5 de junho o Paquete saiu daqui
com 82 toneladas de carga para os Portos das Províncias do Rio Grande e Mato
Grosso, as quais acresceram 15 toneladas de mate tomados em Paranaguá, tendo
aqui recebido 87 de carvão, levando a seu bordo 31 passageiros de 1ª classe e
33 de 2ª classe, incluindo praças do exército e imigrantes. Consequentemente o
Paquete achava-se ao sair de Santa Catarina para o Sul com menos de 203 toneladas
de carga e 29 de carvão do que permitia a sua lotação e transportou menos 49
passageiros de 1ª classe e 47 de 2ª classe.
Todos estes dados são da mais completa exatidão
e a Diretoria os põe à disposição de quem os quiser consultar.
Não menos injusta é a censura que se faz à
Diretoria por ter consentido em sair daqui o “Apa” sem estar em condições de navegar; semelhante censura ou
significa má vontade ou completa ignorância das coisas. Felizmente, ainda neste
ponto é fácil a defesa da Diretoria.
Sendo submetido o “Apa” a exame perante a Comissão de vistoria do Arsenal de Marinha
em 21 de junho, verificou a Comissão que o Paquete carecia substituir algumas
chapas do fundo, colocar uma sobreporta, calafetar topos abertos, substituir
vários arrebites nas obras mortas e vivas e colocar um talha-mar.
Efetuadas estas reparações e novamente
vistoriado foi julgado em boas condições. Além dos reparos feitos por indicação
dos peritos, mandou-se polir a máquina e tabular de novo completamente as caldeiras,
fazendo o Paquete uma experiência dentro da baía para se verificar se
funcionavam bem.
Foi depois de tão escrupulosos exames, desde o
casco até o aparelho, que a Comissão declarou, por parecer unanime, o Paquete “Apa” em estado de navegar. As certidões
infra publicadas dispensam a Diretoria de acrescentar a este respeito algum
esclarecimento mais.
Logo que a notícia dos sinistros marítimos da
Costa do Sul nos chegou transmitida pelo fio elétrico, e a sorte do “Apa” começou a causar inquietadoras
apreensões, a Diretoria expediu ordem aos seus agentes em Montevidéu e Santa
Catarina para procederem a todas as diligências e averiguações, afim de
descobrir-se o paradeiro do malogrado Paquete e prever-se socorros aos
náufragos no caso provável de um naufrágio.
Devendo sair de Montevidéu para o Rio de
Janeiro, pelos Portos de sua escala, o Paquete “Rio Jaguarão”, e do mesmo modo o Paquete “Rio Negro”, do Desterro para Montevidéu transmitiu-se ordem aos
respectivos comandantes, que durante a viagem vigiassem a Costa, a fim da
averiguar o destino do “Apa”, e bem
assim recomendou-se aos agentes de Montevidéu e do Rio Grande que expedissem
emissários para fazerem exploração por terra.
Se as diligências empregadas foram
infrutíferas, e por muitos dias embaraçadas pela densa cerração, que caiu sobre
a Costa, não se pode inculpar a Diretoria; o seu dever era providenciar, e isso
ela negligenciou.
As frequentes notícias transmitidas pelos
agentes e que a Diretoria se tem apressado a comunicar às Folhas Diárias,
demonstram que eles tem procurado corresponder com solicitude às instantes
recomendações que lhes tem sido expedidas.
É propósito da Diretoria, fazendo esta
publicação, unicamente explicar os fatos que se relacionam com o sinistro do “Apa”, expondo-os com sinceridade e inteira
isenção de espírito, a fim de que os que não costumam julgar os atos alheios
por prevenção ou malquerença, possam formar um juízo exato do procedimento da
Diretoria, que tem a consciência de haver bem cumprido o seu dever.
Sem dúvida nenhuma que a catástrofe acontecida
no “Apa” é das mais terríveis, de que
rezam as crônicas marítimas; mas, por mais profundas que sejam as impressões de
tão lúgubre sucesso, que espalhou geral consternação e ainda dolorosamente
emociona o ânimo público, é uma sem razão imputar à imprevidência dos homens um
golpe do destino implacável.
João Antônio Mendes Totta,
Presidente-gerente.
Rio, 26 de julho de 1887.
“Illm° e Exm° Sr. Vice Almirante, inspetor do
Arsenal de Marinha.
A Companhia Nacional de Navegação a Vapor
precisa, a bem de seu direito, que V. Exª digne-se mandar-lhe com urgência por
certidão e em inteiro teor o auto de vistoria ou parecer da Comissão
respectiva, relativamente aos três últimos exames que sofreu o Paquete “Rio Apa” antes da viagem que empreendeu
neste mês para os Portos o Sul. E por ser assim de justiça pede a V. Exª
deferimento.
E. R. M. – Rio de Janeiro, 20.07.1887, – João
Antônio Mendes Totta, Presidente e Gerente. – Certifique-se. Arsenal,
20.07.1887. – Barão de Ivinheima. – Certifico que revendo o livro que serve
para se lançar os termos de vistorias dos vapores mercantes, nele à folha 55 se
acha o termo do teor seguinte:
– Aos 21.06.1887, compareceu no dique da Saúde,
Comissão encarregada de examinar o casco do vapor “Rio Apa”, a seco neste Dique, e depois de minucioso exame feito
pelo perito competente, é a Comissão de parecer precisar o casco substituir
algumas chapas do fundo e colocar uma sobreposta no mesmo fundo, calafetar os
topos que se acham abertos e substituir também vários arrebites nas obras vivas
e mortas, e, finalmente, colocar uma talha-mar, aguardando a Comissão novos
exames depois da prontificação dos reparos indicados, para emitir a sua opinião
definitiva.
Em firmeza do que que lavrei o presente termo
que assinamos.
– Manoel Lourenço de Castro Rocha. –
Capitão-Tenente Antônio Carlos Freire Carvalho. – José da. Silva Marques.
Certifico que revendo o livro que serve para se
lançar os termos das vistorias dos vapores mercantes, nele, à folha 61, se acha
o termo do teor seguinte:
– Aos 30.06.1887, compareceu ao Dique da Saúde
a Comissão abaixo assignada e verificou que o casco do vapor “Rio Apa” acha-se em as condições, depois
das obras nele efetuadas a que se refere o termo lavrado à folha 55 deste
livro. Em firmeza do que lavrei o presente termo, e assinamos.
– Manoel Lourenço de Castro Rocha. –
Capitão-Tenente Antônio Carlos Freire de Carvalho. – José da Silva Marques.
Certifico que revendo livro que serve para se
lançar os termos das vistorias dos vapores mercantes, nele à folha 62 verso, se
acha o termo do teor seguinte:
– Aos 04.07.1887, compareceu a bordo do Paquete
nacional “Apa”, a Comissão
encarregada de examinar definitivamente a máquina e caldeiras em uma viagem de
experiência, a qual teve lugar no interior desta baía, sendo reconhecido pelo
competente perito que estas funcionaram sempre bem e considerando a Comissão o
bom estado do aparelho, mastros, amarras, âncoras e boias, e igualmente do
casco, conforme consta do termo lavrado à folha 61 deste livro, é de parecer
unanimemente que pode navegar.
Em firmeza do que lavrei o presente termo que
assinamos.
– Manoel Lourenço de Castro Rocha. –
Capitão-Tenente Antônio Carlos Freire de Carvalho. – José da Silva Marques.
E por nada mais constar do livro a que me
refiro mandei passar o presente que assino:
Secretaria da Inspeção do Arsenal de Marinha da
Corte, em 21 de julho de 1887. Assinado. O Secretário, Eugênio Cândido da
Silveira Rodrigues. (JDC, N° 209)
Bibliografia
BARCELLOS & CORDAZZO
& SEELIGER - Lauro Barcellos; César Cordazzo; Ulrich Seeliger. Areias do
Albardão - Um Guia Ecológico Ilustrado do Litoral no Extremo Sul do Brasil – Brasil – Rio Grande, RS – Editora Ecoscientia
Rio Grande, 2004.
JDC, N° 198. Paquetes “Rio Apa” e “Rio Jaguarão” – Brasil – Rio de Janeiro, RJ –
Jornal do Comércio, n° 198, 17.07.1887.
JDC, N° 209. A Companhia Nacional de Navegação a Vapor e o Sinistro do Paquete “Rio
Apa” – Brasil – Rio de Janeiro, RJ – Jornal do Comércio, n° 209,
28.07.1887.
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de
Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor
e Colunista;
Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do
Sul (1989)
Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre
(CMPA);
Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura
do Exército (DECEx);
Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério
Militar – RS (IDMM – RS);
Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando
Militar do Sul (CMS)
Ex-Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia
Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do
Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio
Grande do Sul (IHTRGS – RS);
Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia
(ACLER – RO)
Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio
Grande do Sul (AMLERS)
Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da
Escola Superior de Guerra (ADESG).
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós
(IHGTAP)E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – X
Bagé, 20.12.2024 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 3.184, Rio, RJSexta-feira, 25.10.1963 Sindicâncias do Sequestro dão e
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – VI
Silva, Bagé, 11.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 224, Rio de Janeiro, RJ Quarta-feira, 25.09.1963 Lei das Selvas T
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – IV
Bagé, 06.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 186, Rio de Janeiro, RJSábado, 10.08.1963 Lacerda diz na CPI que Pressõessã
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – III
Bagé, 02.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 177, Rio de Janeiro, RJQuarta-feira, 31.07.1963 JB na Mira O jornalista H