Segunda-feira, 3 de junho de 2024 - 07h55
03.06.2024
Curral Alto – Arroio Aguirre, Capilla (31.03.2016)
O dirigente
de um dos principais partidos no Congresso Nacional avaliou que a Presidente Dilma
Rousseff pode dar como certa a sua queda caso o ex-Presidente Luiz Inácio Lula
da Silva continue mostrando desânimo e dúvidas sobre a possibilidade de
derrotar o impeachment. (Mônica Bergamo ‒ Folha de S. Paulo, São Paulo, SP,
31.03.2016)
I Circunavegação
dos Mares de Dentro
Jornada Patriótica
Recebi centenas de e-mails e
mensagens nas redes sociais indagando sobre a origem do nome de nossa Expedição
‒ Jornada Patriótica. Fiz um necessário suspense até a data de hoje ‒ data
magna da Revolução Redentora de 31.03.1964 ‒ para revelar, finalmente, que o
nome faz uma dupla homenagem, reverenciando, hoje, a atitude dos jovens e
heroicos juízes, capitaneados pelo Dr. Sérgio Moro e aos heróis civis e
militares de outrora que combateram os sicários terroristas, traidores da
Pátria.
A Operação “Lava a Jato”, desencadeada pela Polícia
Federal, está prendendo hoje, dentre outros celerados, os mesmos “inocentes” cidadãos que se diziam “injustamente perseguidos” pelo regime
militar.
Os jovens e destemidos
juízes hodiernos estão dando mostras gabais aos vetustos membros do STF, de
fala mansa, “discursos lindos e palavras
vãs”, de que não se submetem a conchavos políticos e pressões de qualquer
espécie.
Nossos denodados combatentes
das Forças Amadas enfrentaram naquela época uma escória mercenária que, a soldo
de potências alienígenas, tentavam implantar no Brasil uma “República Sindicalista” e não titubeavam
em assaltar, sequestar, matar e mutilar vítimas inocentes.
Os mesmos celerados que hoje
se autointitulam “defensores da
democracia”, facínoras que ao serem vencidos pelas armas das forças legais
dominaram os meios de comunicação, aliciaram os formadores de opinião nas áreas
da sociologia, história e filosofia e adulteraram criminosamente nosso passado.
Reproduzimos, na íntegra,
texto relativo ao Contragolpe de 31 de março assinado pelo General de Brigada
Paulo Chagas e pelo General de Brigada Rocha Paiva;
Há 52 anos!
Um fato histórico não pode ser
apagado da memória da Pátria, muito menos da memória dos que o protagonizaram e
dos que herdaram, institucionalmente, a responsabilidade e os ensinamentos
dele decorrentes.
Vivemos, no momento atual, mais
do que em qualquer outro, a necessidade de repensar o Brasil e de voltarmos os
olhos para março de 1964 e fazer valer as lições aprendidas, apanágio da
profissão que escolhemos pela vocação do amor à Pátria.
As circunstâncias, hoje, são
outras e só o são porque, no período que sucedeu a Revolução, as instituições
que a promoveram não fugiram do dever de
assumir o caos e de transformá-lo em ordem e progresso, conforme propõe o lema republicano,
desde o advento do regime, em meio a sucessivas crises político-militares, que
mantinham em suspensão os escombros da implosão súbita do Império. Vivenciamos
outra vez o caos político e econômico, agravado por um descalabro moral e ético jamais
visto na história. O povo brasileiro, deixado à mercê de sua vontade, mas,
“deseducado e iludido, elegeu uma classe
política absurdamente corrupta, irresponsável e despreparada”.
E “de repente, diante do caos, cresce o desejo
de mudar esse cenário e muitos pedem que retornemos ao passado e limpemos o chiqueiro”.
Esta atitude é o testemunho
incontestável do choque com a realidade e da desilusão que contamina todos os
níveis da sociedade minimamente informada e que atesta, em regime de sofrimento
e de falta de perspectivas, o quanto devemos aos heróis de 1964 que, abraçados
aos interesses da Pátria, em meio às ameaças da Guerra Fria, espremidos entre dois
poderosos blocos antagônicos, souberam interpretar a vontade nacional,
identificar o perigo e tomar a iniciativa para neutralizá-lo. É nesse contesto
que devemos rememorar e enaltecer o contragolpe de 31 de março de 1964.
No início dos anos 60, o Brasil
não tinha instituições maduras e fortes para sustentar a democracia, abalada
por sucessivas crises político-militares. O progresso não proporcionava as
necessidades básicas da maioria da população, o que facilitou a ocupação de
espaços importantes pela esquerda radical infiltrada em sindicatos, no meio
acadêmico, na mídia, nos órgãos de governo, na Igreja e até nas Forças Armadas.
A situação político-social prenunciava um conflito com potencial para desaguar
numa guerra civil de cunho revolucionário. Luiz Carlos Prestes, declarara que
seu partido já tinha o governo e só lhe faltava o poder.
Em 13.03.64, o Presidente João
Goulart radicalizou o discurso, tentando, na
lei ou na marra, intimidar as instituições, inclusive o Legislativo,
visando aprovar medidas populistas
e angariar o apoio ou a neutralidade da população face ao golpe em curso. A
quebra da hierarquia e da disciplina nas FFAA reforçava a crença na vitória.
Jango juntara-se ao golpe comunista e os setores do governo, sindicatos e
partidos de esquerda articulavam-se para implantar aqui uma República
Sindicalista, pela qual o país ingressaria no bloco comunista, seguindo os
passos de Cuba.
O “31 de Março” foi o desfecho de um movimento civil-militar que
mobilizou toda nação e impulsionou as FFAA, sem dar condição de reação a um
governo que perdera a autoridade moral e o respeito da nação. A Folha de São
Paulo, de 27 de março de 1964 publicou: “Até
quando as forças responsáveis deste país, as que encarnam os ideais e os
princípios da democracia, assistirão passivamente ao sistemático, obstinado e
agora já claramente declarado empenho capitaneado
pelo Presidente de República de destruir as instituições democráticas?”. Nos dias subsequentes,
milhões de cidadãos comemoraram a vitória da democracia em todos os estados da
Federação, como registrou a mídia em âmbito nacional.
O insucesso da via pacífica
levou, no entanto, a esquerda radical a deflagrar a luta armada. O Brasil, ao
cortar o mal na raiz, escapou do destino infeliz que lhe desejavam os mesmos
que hoje ocupam o poder pela via da mentira e da exploração das próprias
vulnerabilidades da democracia.
Em 21 anos de regime militar,
foram cerca de 500 mortos em confrontos nas áreas urbanas e rurais, sendo 400
militantes da esquerda armada aos quais, seguindo o exemplo magnânimo de
Caxias, pediremos o perdão e o consolo divino, amanhã, na missa em memória dos
mortos na luta armada. Um alto custo para poucos,
mas muito baixo se comparado ao da impunidade e da
criminalidade que hoje nos intimida. É
hipocrisia a condenação dos Governos Militares por excessos na reação à
luta armada, feita por quem
idolatra ditaduras e lideranças criminosas;
concede asilo a terroristas estrangeiros condenados, mas devolve fugitivos da ditadura cubana; financia e confraterniza com ditos movimentos
sociais, cujas ações resultam, impunemente,
em invasões,
destruições
e mortes.
De 1922 a 1964, houve cerca de
duas dezenas de crises institucionais onde chefes militares, envolvidos na
política partidária, arrastavam consigo parte da tropa em um Brasil ainda
imaturo para a democracia. Havendo ou não honestidade de propósitos, ficavam
prejudicados: o compromisso militar, que deve ser exclusivo com a nação; a
dedicação, que deve ser integral à missão constitucional; e os princípios de
hierarquia e disciplina, comprometendo a coesão nas FFAA e a própria unidade
nacional. O regime de 1964 afastou as Forças e os militares da ativa da
política partidária e criou condições para o fortalecimento das instituições. As crises políticas
não tiveram mais o envolvimento militar e, hoje, são
resolvidas nos foros apropriados.
Os Generais Presidentes reconheciam
a excepcionalidade do regime e manifestavam permanentemente o objetivo de
retorno à normalidade democrática, o que se cumpriu com a revogação do AI-5, a
anistia e a abertura política logo após a derrota da luta armada e a aceitação
pelos ex-guerrilheiros das regras do jogo democrático. A redemocratização veio
a partir de 1978, não por obra da esquerda revolucionária já desmantelada. É um
engano considerá-la vitoriosa porque antigos militantes ocupam, hoje, posições
importantes na sociedade. Eles não chegaram ao poder pela força das armas e sim
como cidadãos com plenos direitos assegurados na anistia concedida pelo próprio
regime em 1979. Abandonaram a luta armada, derrotados, e se submeteram às
normas democráticas, reintegrando-se à sociedade na forma da lei, em pleno
regime militar e como exigiam a Nação e o Estado.
O Brasil tornou-se uma
democracia, aspiração da sociedade, da oposição legal e dos governos militares,
e não um país comunista escravizado por um partido único, objetivo permanente da
esquerda revolucionária, hoje, outra vez, no poder, mas não no domínio das mentes e dos corações dos brasileiros que, em massa, retornaram
às ruas, 52 anos depois do Comício da Central do Brasil, no último 13 de março, para dizer BASTA! Basta à corrupção e ao enriquecimento
ilícito! Basta à incompetência, à desonestidade, à luta de classes. Basta à
política de gênero, à desvalorização do mérito, ao desrespeito à vida. Basta ao
desemprego, à recessão, à inflação, aos impostos escorchantes e ao descaso para
conosco que somos os verdadeiros donos deste País!
Os Marinheiros, Soldados e
Aviadores, cidadãos fardados nunca apartados da sociedade a que servem e em
nome da qual impunham suas armas, não estão alheios à conjuntura hostil ou
descuidados do cumprimento do seu dever. Têm a
motivá-los o exemplo histórico da Revolução Democrática de 1964 que não pode ser, nem nunca será,
apagado da memória dos que amam com fé e orgulho este solo
sagrado das Terras de Santa Cruz!
BRASIL, ACIMA DE TUDO!!!
Respondidas às indagações,
continuemos a reportar nossa jornada nesse dia tão especial. Partimos, às
07h00, com um céu plúmbeo, pesado, que aos poucos foi desanuviando exatamente
como aconteceu na década de 60. O Patrão Celestial, Senhor de Todos os
Exércitos convenceu os deuses dos ventos e dos mares a proteger-nos neste dia
abençoado e o que se viu foi uma Lagoa espelhada que refletia quase que
perfeitamente a abóboda celeste. Eu tinha a nítida impressão de que meu caiaque
ganhara asas planando suavemente sobre as nuvens, sob o olhar atento de São
Pedro – Capataz da Estância Divina.
(Castro Alves)
Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em que estrela tu te escondes
Embuçado nos céus? [...]
O Supremo Arquiteto
acompanhava-nos por trás das nuvens, e vez por outra mirava-nos brevemente com
seu fulgente olhar e certificando-se de que os deuses estavam cumprindo
fielmente suas ordens e sentindo que nossos corpos estavam suficientemente
aquecidos, ocultava-se novamente.
Diversas culturas associam o
Astro Rei ao olho do Supremo Arquiteto do Universo ‒ o olho onisciente. Para os
gregos era o olho de Zeus, para os egípcios ‒ o olho de Hórus, para os indianos
‒ o olho de Varuna, para os povos de origem germânica ‒ o olho de Odin e para
os muçulmanos ‒ o olho de Alá.
O astrônomo Nicolau
Copérnico afirmava poeticamente que “A
Lua, era o olho da noite e o Sol, o olho do dia”. O poeta nacional da
Inglaterra, o “Bardo do Avon” ‒
William Shakespeare ‒ menosprezando o Sol, que aparece embuçado, esmaecido, nas
brumosas tardes inglesas, aludi que “aquele
ponto acinzentado não é o olho do dia...”.
O escritor maçom Ir:. João
Ivo Girardi, no seu “Vade-Mécum Maçônico”,
menciona que o “Olho que Tudo vê”: “Na Loja Maçônica representa a onisciência do
Grande Arquiteto do Universo. O Olho que jamais dorme. O Olho simboliza, no
plano físico, o Sol visível, de onde emana a Vida e a Luz; no plano
intermediário ou astral, o Verbo, o Logos, o Princípio Criador; no plano
espiritual ou divino, o Grande Arquiteto.”
Chegamos ao Taim às 13h20 e
como não conseguimos adentrar no Canal (32°31’08,4”S/ 52°34’52,2”O), em
decorrência dos bancos de areia, seguimos direto para o Arroio Aguirre,
lindeiro à Vila do Taim (Capilla). O Geminiano, um prestativo pescador, deu
carona ao Norberto até a cidade para que ele efetuasse algumas compras.
Percorremos 49,6 km. Trocando o
número 4 de posição obtemos 964,
curiosas artimanhas da Numerologia Cabalística do Grande Arquiteto do Universo
em homenagem à histórica data (31.03.1964).
² 1° Perna Total = 349,1 km.
² 2° Perna Total = 322,2 km.
² 3° Perna Parcial = 185,1 km.
² Total Parcial = 856,4 km.
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de
Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor
e Colunista;
Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do
Sul (1989);
Ex-Vice-Presidente da Federação de Canoagem de Mato
Grosso do Sul;
Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre
(CMPA);
Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura
do Exército (DECEx);
Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério
Militar – RS (IDMM – RS);
Ex-Vice-Presidente da Federação de Canoagem de Mato
Grosso do Sul;
Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando
Militar do Sul (CMS);
Ex-Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia
Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do
Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio
Grande do Sul (IHTRGS – RS);
Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia
(ACLER – RO);
Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio
Grande do Sul (AMLERS);
Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da
Escola Superior de Guerra (ADESG);
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN);
Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós
(IHGTAP)
E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio
Grande do Sul (AMLERS);
Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da
Escola Superior de Guerra (ADESG);
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN);
Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós
(IHGTAP)
E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
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