Sexta-feira, 20 de outubro de 2023 - 06h25
Bagé, 20.10.2023
(Luís
Vaz de Camões)
Já
na água erguendo vão, com grande pressa,
Com
as argênteas caudas, branca escuma;
Cloto
([1]) com o peito corta e atravessa
Com mais furor o Mar do que costuma.
Salta
Nise ([2]), Nerine ([3]) se arremessa,
Por
cima da água crespa, em força suma.
Abrem
caminho as ondas encurvadas,
De
temor das Nereidas ([4]) apressadas.
A origem do nome da Laguna dos Patos
é, por demais, contraditória. A literatura do século XVI vincula o seu nome às
aves palmípedes e, a partir do século XVII, faz alusão aos índios Patos, como
eram chamados os Carijós que povoavam a zona litorânea. Nas diversas Travessias
pela Laguna dos Patos, tenho encontrado capororocas (cisne-coscoroba), patos do
mato (pato-crioulo, pato-bravo, pato-selvagem ou cairina), biguás
(corvo-marinho, pata-d’água, biguáúna, imbiuá e mergulhão), biguatingas
(carará, calmaria, maria-preta, peru-d’água, mergulhão-serpente, biguá-bicolor,
anhinga, arará) e outros tantos palmípedes que povoam nossas Lagunas litorâneas
e que podem ter sido os responsáveis pelo batismo da Laguna dos Patos.
Capororoca: possui plumagem branca com a ponta das asas negras,
o bico e os pés são vermelhos. O capororoca é na realidade um ganso, mas alguns
biólogos, erroneamente, o classificam como cisne tendo em vista seu tamanho.
Pato-do-mato: vive em pequenos grupos,
de até uma dúzia. Pousa sobre árvores desfolhadas para vigiar, descansar ou
dormir. Faz seus ninhos nos ocos das árvores e em palmeiras mortas próximas à
água. Raramente avistado nas proximidades da Laguna dos Patos.
Biguá: mergulha para pescar e para facilitar a imersão
elimina o ar que fica normalmente entre as penas. É visto em grandes bandos
voando rente à água, na formação em “V”, e como essas revoadas são semelhantes
à dos patos, são confundidos como tais por elementos não especializados. Possui
uma glândula uropigial que produz uma secreção que usa para impermeabilizar as
penas, permitindo-lhe mergulhar mais rápido (14 km/h), tornando-o um predador
altamente eficaz na captura de peixes.
Biguatinga: trata-se de uma ave
relativamente rara. Na língua tupi, “biguatinga”
significa “biguá branco”. A
Biguatinga possui um pescoço fino e longo e, por isso mesmo, é chamado
de “snake bird” na América do Norte.
O seu bico longo, pontiagudo e serrilhado é uma arma ideal para fisgar os
peixes. Como não possui glândula uropigial, suas penas armazenam água que,
embora dificultem a flutuação da ave, permitem-lhe um mergulho muito mais
eficiente sob a água. A fêmea apresenta coloração creme no pescoço, peito e
dorso.
Não creio que tenha sido uma
determinada espécie o que mais chamou a atenção dos cronistas pretéritos, pouco
afeitos à ornitologia, para nominar os acidentes geográficos, mas a abundância
destas aves.
Francisco López de Gómara, na obra “La Historia General de las Indias y Nuevo
Mundo, con mas la Conquista del Perú y de México”, menciona: “patos negros sin pluma, y con el pico curvo”,
o que nos leva a considerar o biguá
que possui o bico encurvado e que depois de mergulhar parece mesmo não possuir
penas, além disso, até hoje os numerosos bandos impressionam a quem os avista.
A Laguna naqueles tempos pretéritos, quase despovoada, era muito mais piscosa
do que nos dias atuais e, em consequência, abrigava um número igualmente
considerável de Biguás (Phalacrocorax brasilianus). (FRANCISCO)
Outros
pesquisadores, no entanto, defendem a tese de que o nome da Laguna teria sua
origem nos tais índios Patos, o que acho menos
plausível. O biógrafo, historiador, ensaísta, lexicógrafo, romancista e
professor brasileiro Afonso d’Escragnolle Taunay, filho de Alfredo
d’Escragnolle Taunay (Visconde de Taunay), nascido em Nossa Senhora do Desterro
(Florianópolis), SC, em 11.07.1876, narra, na sua “História Geral Bandeiras Paulistas”, editada em 1928, pela
Tipografia Ideal, que:
Um grupo de índios Carijós que vivia na
região da Laguna, em SC, conhecidos no Brasil como Patos. (TAUNAY)
A monumental obra de Afonso
d’Escragnolle Taunay foi baseada em volumosa documentação encontrada nos
arquivos brasileiros, portugueses e espanhóis.
São onze volumes, publicados no
período de
O historiador
brasileiro Capitão-Tenente Lucas Alexandre Boiteux, nascido em Nova Trento, SC,
no dia 23.10.1881, membro da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, do
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Catarinense de
Letras, faz um relato esclarecedor nas suas “Notas para a História Catarinense”, editado em 1912, pela Livraria
Moderna, que:
A grande tribo dos “Carijós” limitava-se ao
Nordeste com os “Tupinikins”, ao Norte com os “Guayanás”, a Noroeste com os
“Caiacangs”, a Oeste com os “Guandos”, e finalmente ao Sul com os “Tapes”.
Querem alguns historiadores que a nossa costa tivesse sido também habitada por
uma tribo chamada – Patos.
Os nossos cronistas antigos não se referem a
ela. A confusão provém de terem sido denominados – dos Patos – a
Bahia e Porto de Santa Catarina, que lá habitavam, diziam – os índios dos
Patos, e daí os índios Patos, os Patos, etc. O
Padre Simão de Vasconcellos nos explica que esta tribo era a mesma dos
“Carijós” e que assim a denominavam porque habitavam a costa. (BOITEUX)
Sabe-se,
através de sítios arqueológicos e sambaquis, que os índios Carijós, do grupo
Tupi-guarani, habitavam o litoral Sul do país há aproximadamente 4.000 anos, e
que alguns de seus membros domesticavam o Pato-do-mato,
o que poderia ter levado os europeus a denominá-los de índios dos Patos.
Com tempo, a denominação foi
abreviada para índios Patos o que
finalmente teria servido para nominar a enorme Laguna litorânea. O fato de
alguns pesquisadores, menos informados, vincularem ao nome de Patos
pelo fato de estes, supostamente, possuírem pés grandes tem uma explicação
lógica, tendo em vista a confusão entre Patos e Patagones
(Patagões). Vamos rememorar... Fernão de Magalhães, servindo ao Rei de Espanha,
ao realizar a primeira viagem de circunavegação pela Terra, foi o primeiro
europeu a atravessar a, então “Cola do
Dragão” (Draco Cola), que, em sua homenagem, teve o nome alterado para “Estreito de Magalhães”.
Como podemos
verificar na obra do cronista e administrador colonial português António Galvão
que relatando as principais explorações realizadas pelos lusos e castelhanos
(até o ano de 1550) comenta:
No ano de 1428 diz que foi o Infante Dom Pedro à Inglaterra, França,
Alemanha, à Casa Santa, e a outras daquela banda, tornou por Itália, esteve em
Roma e Veneza, trouxe de lá um Mapamundo que tinha todo o âmbito da terra e o Estreito de Magalhães se chamava “Cola do Dragão” [...] (GALVÃO)
Ao desembarcar no Extremo Sul da
América Latina, Magalhães encontrou a região povoada pelos “Tehuelches”. Os Tehuelches eram
caçadores nômades que utilizavam couros de guanaco ([5])
para protegerem-se do frio e cobriam os pés com as mesmas peles aparentando ter
grandes pés. Como a palavra “pata”, significa “perna” ou mesmo “pé”, no espanhol coloquial, esses nativos
de grandes “patas” foram denominados, então, de Patagões
e sua região de Patagônia.
O marinheiro, geógrafo e
escritor italiano Antônio Pigafetta, nascido em Vicenza, Itália, em 1491, pagou
expressiva quantia para acompanhar Fernão de Magalhães em sua viagem. Pigafetta
foi o cronista da viagem, e um dos dezoito homens que logrou retornar à
Espanha, com vida, em 1522, depois de completar a circunavegação, sob o comando
de Juan Sebastián Elcano, após a morte de Magalhães. Pigafetta assim mencionou
seu encontro com os nativos da patagônia:
19.05.1520 – Porto de San
Julián – Distanciando-se destas Ilhas para continuar nossa rota, chegamos
aos 49°30’ de Latitude Meridional, onde encontramos um bom Porto. E como o
inverno se aproximava, julgamos ser aconselhável passar ali aquela má estação.
Um gigante – Transcorreram dois meses sem que víssemos nenhum
habitante do país. Um dia, quando menos esperávamos, um homem de figura
gigantesca se apresentou ante nós. Estava sobre a areia, quase nu, e cantava e
dançava ao mesmo tempo, jogando “poeira”
sobre a cabeça ([6]).
O Capitão enviou à terra um de nossos marinheiros, com ordem de fazer os mesmos
gestos em sinal de paz e amizade, o que foi muito bem compreendido pelo
gigante, que se deixou conduzir a uma pequena Ilha, onde o Capitão havia
descido.
Eu me encontrava ali com muitos
outros. Deu mostras de grande estranheza ao ver-nos e levantando o dedo queria
dizer que acreditava que nós havíamos descido do céu.
Sua Figura – Este homem era tão grande que nossas cabeças chegavam
apenas até a sua cintura. De porte formoso, seu rosto era largo e pintado de
vermelho, exceto os olhos, que eram rodeados por um círculo amarelo e dois
traços em forma de coração nas bochechas. Seus cabelos, escassos, pareciam
branqueados por algum pó.
Seu Traje – Seu vestido, ou melhor dito, seu manto, era feito de
peles muito bem costuradas, de um animal que abunda no país como veremos a
seguir.
Animal Estranho – Este animal ([7]) tem
cabeça e orelhas de mula, corpo de camelo, patas de cervo, cauda de cavalo e
relincha como este. Calçava uma espécie de sapato feita com a mesma pele ([8]).
Armas – Tinha na mão esquerda um arco curto e maciço, cuja corda
era feita do intestino de tartaruga. Na outra mão, empunhava várias flechas
pequenas, feitas de bambu, tendo num extremo plumas, como as nossas e, na outra,
em lugar de ferro, uma ponteira de um material vitrificado branco e preto.
Deste mesmo material fazem instrumentos para cortar lenha.
Presentes – O Capitão-General mandou dar-lhe de comer e beber e,
entre outras bugigangas, presenteou-o com um espelho grande de aço. O gigante,
que não tinha a menor ideia deste utensílio e que, sem dúvida, via pela
primeira vez a sua figura, retrocedeu tão assustado que derrubou quatro de
nossos homens que o rodeavam. Depois de receber mais alguns presentes, como pente
e contas de vidro, retornou a terra, acompanhado por quatro homens bem armados.
Cerimônias – Um companheiro seu que
havia se recusado a subir a bordo, vendo-o voltar, correu a avisar e chamar os
outros, os quais, ao perceberem que nossos homens armados se aproximavam, se
colocaram em fila, sem armas e desnudos. Em seguida, começaram sua dança e seu
cântico, levantando o dedo indicador para o céu, para dar-nos a entender que
nos consideravam como seres desconhecidos do alto.
Não tendo
outra coisa que dar-nos a comer, ofereceram uma espécie de pó branco em panelas
de argila. Os nossos convidaram-nos, por senhas, a que passassem aos navios e
ofereceram para ajudar a transportar o que quisessem levar consigo. Vieram, com
efeito, mas conduzindo apenas arcos e flechas, o restante da carga haviam
deixado sobre os ombros das mulheres, como se estas fossem mulas de carga.
[...]
Outro Gigante – Seis dias depois,
estando nossa gente atarefada em fazer lenha para provisão da esquadra, viram
outro gigante vestido como os que acabávamos de deixar e armado igualmente de
arco e flecha. Ao aproximar-se, tocou a cabeça e o Corpo, elevando em seguida
as mãos ao céu, gestos que os nossos imitaram.
O
Capitão-General enviou um bote à terra para conduzir o gigante até uma ilhota próxima
do Porto e na qual se havia construído uma casa para abrigar uma forja e um
armazém para algumas mercadorias.
Amigos dos Espanhóis – Este homem era maior e mais bem formado que
os outros. Tinha também os modos mais suaves, mas dançava e saltava tão alto e
com tanta força, que seus pés se distanciavam várias polegadas da areia. Passou
alguns dias conosco e lhe ensinamos a pronunciar o nome de Jesus, a rezar o Pai
Nosso, etc. Chegou a recitar esta oração tão bem quanto nós, porém na sua
fortíssima voz. Por fim, batizamo-lo, colocando-lhe o nome de João. (PIGAFETTA)
Em
No entanto,
quando uma edição desta viagem foi publicada, em 1773, os patagônios foram
registrados como tendo
[...] o piloto João Carvalho, o
escravo Hanriques ([9]),
o fidalgo Pedro Eanes, o escriba Antônio Pigafetta e o menino Carvalhinho, eis
que deparam com gigantesca figura de gentio que os observa com mui absorto
olhar, e andam já dois arcabuzeiros a alumiar as mechas para abatê-lo sem mercê
quando se põe a triste espécie de abantesma ([10]) a
cantar e dançar em visíveis sinais de paz e amizade.
De imediato começa o Carvalhinho
arremedando-o, e nisso ensaia a troca de algumas palavras, que o gigante, com
grande dificuldade, parece compreender e tomar a bem. E lá, com ditos e
sinais, para espanto de todos, vão se entendendo.
Apresenta o tal gentio tão
avantajada estatura que a cabeça dos cristãos mal lhe ultrapassa a cintura.
Traz sobre o Corpo apenas um saiote de pele de veado ([11]), pese
a frieza dos ares, e a face pintada de um branco terroso; e por armas, arco e
flechas de cana com ponta de pederneira. Encurtando explicações, será o gigante
recebido a bordo da Trinidad com grandes festas, a que retribui com sorrisos e
abraços, pese temerem-lhe alguns o formidando ([12])
amplexo ([13]).
Afinal, leva-o o Carvalhinho à
presença do Capitão-General que, apesar do mal de tripas, mostra-se maravilhado
e satisfeito com o porte do aborígene. Tal é sua estatura que se ajoelha ao
adentrar a câmara e assim permanece durante toda a entrevista, o que o
Almirante toma como sinal de respeito. Quando vão os dois gentios a retirar-se,
vira-se Magalhães para Carvalhinho e comenta, “carago ([14]), mira que pata mais tamanha tem
esse animal”, dito que enseja a algum espirituoso pôr no gigante a alcunha
de Patagão.
De tudo quanto vê a bordo, a
admiração maior do disforme será para sua própria imagem refletida num espelho
que lhe regala o Comandante. Oferecem-lhe de comer e beber, e ele, sem
cerimônia, engole em três bocadas um saco de bolachas, dois ratos não esfolados
– sobram apenas rabo e patas – e um corote ([15]): de
água fresca. Em seguida, voltando-se para o Carvalhinho, declara que precisa
retornar aos seus, e sem mais aquela, despe-se das peles que o vestem,
embrulha-as em forma de trouxa e pula na água, vencendo em meia dúzia de
braçadas a distância que o separa da Praia. A súbita partida do gigante deixa
mestre Pigafetta contrafeito, sempre diligente em anotar minudências ([16]) sobre
as humanidades ([17])
que vai encontrando na viagem.
Não se agaste, Dom Antônio.
Tranquiliza-o Carvalhinho informando que o Patagão prometeu retornar no dia
seguinte para continuar a prosa. (MEDINA)
O médico e historiador brasileiro
Alexandre José de Mello Moraes, nascido em Maceió, AL, no dia 23.07.1816,
relatou na sua “Corographia Histórica,
Chronographica, Genealógica, Nobiliária, e Política do Império do Brazil” –
Tomo I, editada pela Typographia Americana, em 1858, que:
[...] Magalhães dera o nome de
Patagões aos habitantes das terras do Sul da América conhecidos pelos outros
gentios pelo nome de Morsas, por terem os pés como patos, e estarem envolvidos
em pele de um animal, que parecia ter cabeça e orelhas grandes, como mula, com
corpo de camelo e cauda de cavalo; e acrescenta mais, que os Patagões, que
estiveram a bordo eram gigantes, e que um homem de estatura ordinária chegava-lhe
com a cabeça à cintura.
Tudo isto é completamente falso,
ou exagerado.
[...] a pele de animal
com que se cobria o Patagônio era de Lhamas do Peru ou do Chile, e das
Cordilheiras do Estreito de Magalhães; e os tais gigantes, nunca tiveram a
estatura notada por Pigafetta, mas, todavia, são homens mui altos, chegando a
seis pés e três polegadas inglesas o mais robusto e corpulento que se tem
encontrado nestes últimos tempos e, é provável, que, desde o ano de 1518 ou
1519, até agora, esta raça de homens da natureza não tenha degenerado. (MORAES)
O Novo Argonauta ‒
Sem Medo à Morte
(José Agostinho de Macedo)
[...] De Américo e Colombo o nome e
os feitos.
Impávido mortal, sem medo à morte,
Ousou, que assombro! Do profundo
Oceano,
Onde em mor extensão seu Reino
ostenta,
Cortar as vagas túmidas e bravas.
Não conduzindo em Lenhos alterosos,
Onde a raiva mortal das éneas bocas
([18])
Com medonho trovão vomita a morte;
Mas em débil Caíque ([19]) a quem do vento
Pudera um sopro sepultar no abismo.
Onde apenas sulcando ao longo da
Costa,
Nem Zarco ([20]) indagador se engolfaria
Tanto no vasto mar, que a doce terra
Perder de vista espavorida ousara.
Quem, magnânimo Herói, até agora
ignoto,
Quem te anima e conduz?
Acaso a sede,
A infausta sede do metal luzente,
Fonte antiga de crimes e desgraças,
Que outrora fez sair da praia
Hespéria ([21])
O façanhoso Almagro ([22]), que profana
Primeiro o vasto mar, depois a
terra,
Para arrancar-lhe do profundo seio
Desgraçada riqueza?
Acaso voas
Por cima dessa líquida campina,
Que a vista crê que ao Céu se apega
sempre,
Novas terras buscar, ou novo
Império, [...]
Bibliografia
BOITEUX, Lucas Alexandre. Notas para a História Catarinense –
Brasil – Florianópolis, SC – Livraria Moderna, 1912.
FRANCISCO, López de
Gómara. Historia General de Las Indias
– Edición completa y revisada – Estados Unidos da América – Columbia, MD – Independently published, 2021.
GALVÃO, António. Tratado que Compôs o Nobre e Notável Capitão António Galvão... ‒
Portugal – Lisboa – Impressa por João da Barreira, Impressor D’el Rey, na Rua
de Sã Mamede, 1563.
MEDINA, Sinval. Tratado da Altura das Estrelas – Brasil – Porto Alegre, RS –
EDIPUCRS, 1997.
MORAES, Alexandre José
de Mello. Corographia
Histórica, Chronographica, Genealógica, Nobiliária, e Política do Império ... –
Brasil – Rio de Janeiro, RJ – Typ. Americana, 1858.
PIGAFETTA, Antonio. Primeira Viagem ao Redor do Mundo: o Diário da Expedição de Fernão de
Magalhães – Brasil – Porto Alegre, RS – LP&M, 1985.
TAUNAY, Afonso d’Escragnolle. História Geral Bandeiras Paulistas – Brasil
– Rio de Janeiro, RJ – Tipografia Ideal, 1928.
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de
Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor
e Colunista;
Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do
Sul (1989)
Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre
(CMPA);
Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura
do Exército (DECEx);
Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério
Militar – RS (IDMM – RS);
Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando
Militar do Sul (CMS)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia
Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do
Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio
Grande do Sul (IHTRGS – RS);
Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia
(ACLER – RO)
Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio
Grande do Sul (AMLERS)
Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da
Escola Superior de Guerra (ADESG).
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
[1] Cloto: uma das
três irmãs da mitologia grega que determinavam o destino. (Hiram Reis)
[2] Nise: Nerine
ou Nereida. (Hiram Reis)
[3] Nerine: Nise
ou Nereida. (Hiram Reis)
[4] Nise, Nerine
ou Nereida: ninfas do Mar que encantavam os viajantes. (Hiram Reis)
[5] Guanaco (Lama
guanicoe): mamífero ruminante semelhante às lhamas (Lama glama). Alcança cerca
de 1 a 1,25 m de altura nas espáduas. O pelo é longo e macio,
castanho-avermelhado no dorso e branco no ventre. Os guanacos vivem em grupos
nas montanhas e planícies e, outrora vagavam em grandes bandos. O lhama e a
alpaca (Vicugna pacos) da América do Sul são descendentes do guanaco. (Hiram
Reis)
[6] Jogando poeira
sobre a cabeça: segundo James Cook, habitantes das Ilhas do Mar do Sul
derramavam “água” na cabeça em sinal
de paz. (Hiram Reis)
[7] Animal:
guanaco. (Hiram Reis)
[8] Sapatos de
Peles: estes sapatos tornavam as pegadas dos gigantes ainda maiores, levando
Magalhães a denominá-los “patagões”. (Hiram
Reis)
[9] Hanriques:
Henrique de Malaca. (Hiram Reis)
[10] Abantesma:
fantasma, espectro. (Hiram Reis)
[11] Veado: guanaco. (Hiram
Reis)
[12] Formidando:
temível. (Hiram Reis)
[13] Amplexo: abraço.
(Hiram Reis)
[14] Carago: caramba.
(Hiram Reis)
[15] Corote: pequeno barril,
próprio para o transporte de água ou vinho. (Hiram Reis)
[16] Minudências:
minúcias, observações escrupulosas. (Hiram Reis)
[17] Humanidades:
criaturas. (Hiram Reis)
[18] Éneas bocas:
bocas de bronze, isto é, canhões. (Hiram Reis)
[19] Caíque: numa
pequena embarcação como esta aventurou-se o piloto Manuel de Oliveira Nobre,
desde o Algarve até Lisboa. (Hiram Reis)
[20] Zarco: João
Gonçalves Zarco descobriu a ilha da Madeira navegando numa caravela. (Hiram
Reis)
[21] Referência à ocidental praia lusitana (segundo verso de ‟Os
Lusíadas”). Na antiguidade grega, a Hespéria simbolizava o ocidente. (Hiram Reis)
[22] Diogo de Almagro foi um dos mais ferozes e extraordinários
espanhóis que passaram à América no tempo dos descobrimentos e conquistas. (Hiram Reis)
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – X
Bagé, 20.12.2024 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 3.184, Rio, RJSexta-feira, 25.10.1963 Sindicâncias do Sequestro dão e
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – VI
Silva, Bagé, 11.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 224, Rio de Janeiro, RJ Quarta-feira, 25.09.1963 Lei das Selvas T
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – IV
Bagé, 06.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 186, Rio de Janeiro, RJSábado, 10.08.1963 Lacerda diz na CPI que Pressõessã
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – III
Bagé, 02.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 177, Rio de Janeiro, RJQuarta-feira, 31.07.1963 JB na Mira O jornalista H