Segunda-feira, 11 de dezembro de 2023 - 06h20
Bagé, 11.12.2023
Professor
Hélio um Samurai das Águas
Emprestei ao
Professor Mestre de Educação Física do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Hélio Riche Bandeira um antigo caiaque, modelo Anaico fabricado pela “KTM”, que usei nas provas de águas brancas
(descidas de corredeiras e quedas d’água) no Mato Grosso do Sul, final da
década de 80, quando residia em Aquidauana, MS. O Anaico é um caiaque super-reforçado,
mas que se torna um tanto bandoleiro quando recebe vento de popa e ondas de
través. No último fim de semana testamos nossas forças partindo da Raia 1 com
destino à Ilha do Chico Manoel, perfazendo 40 km, num intervalo de cinco horas
de ida e volta, sem demonstrarmos cansaço ou perda de ritmo. O primeiro grande
Desafio do Hélio, como canoísta, e o primeiro obstáculo que ele teria de vencer
era o domínio de um caiaque em águas turbulentas como as da Laguna dos Patos. Há
décadas que venho apregoando que o conjunto canoísta-caiaque tem de ser
aperfeiçoado até que se tenha forjado um sistema singular e monolítico. As
grandes ondas, os ventos fortes e as rajadas imprevistas, tão comuns na Laguna
dos Patos, não concedem ao canoísta tempo suficiente para pensar na melhor
maneira de reagir e podem, em uma fração de segundo, provocar um indesejado
naufrágio. As reações precisam ser instintivas, rápidas, havendo necessidade de
uma grande interação do conjunto canoísta-caiaque com a natureza que o cerca, é
fundamental saber interpretar o pulsar das águas e o compasso dos ventos com
apurada precisão cartesiana, mas com a alma dócil de um verdadeiro artista. O
Professor Hélio levou a sério os conselhos e treinou durante quase três
semanas para a desafiadora jornada. A disciplina invulgar do Mestre de artes
marciais aliada à sua determinação permitiu-lhe dominar a técnica da canoagem
em poucos dias.
Equipe de
Apoio
A previsão de ventos fortes durante
todo o trajeto impediu que o Coronel PM Sérgio Pastl nos apoiasse com seu
veleiro Ana Claci. Nosso fiel amigo escudeiro, porém não nos deixou na mão e o
apoio naval foi então substituído pelo terrestre. O Coronel Pastl contava,
ainda, com o concurso dos destacamentos da Brigada Militar existentes ao longo
do trajeto, da minha parceira Rosângela Schardosim, dos novos amigos Pedro
Auso Cardoso da Rosa e sua querida esposa Vera Regina Sant’Anna Py além dos
dois netos do Coronel Pastl Pedro Sérgio Londero Pastl e Brian Pastl
Wechenfelder.
Partida de
Bagé (16.09.2011)
(Gonçalves Dias)
[...]
Fogem do vento que ruge
As
nuvens aurinevadas ([1]),
Como
ovelhas assustadas
Dum
fero lobo cerval;
Estilham-se
como as velas
Que
no alto Mar apanha,
Ardendo
na usada sanha,
Subitâneo ([2])
vendaval.
Bem
como serpentes que o frio
Em
nós emaranha, – salgadas
As
ondas s’estanham, pesadas
Batendo
no frouxo areal.
Disseras
que viras vagando
Nas
furnas do céu entreabertas
Que
mudas fuzilam, – incertas
Fantasmas do gênio do mal!
[...]
Saímos de Bagé depois do almoço, do dia 16 de setembro, rumo à Praia do Laranjal, em Pelotas. Contatamos o Hélio, por volta das 15h00, já no local de destino, e procuramos uma pousada para pernoitar. Os ventos (45 km/h) e ondas superiores a 1,5 m prenunciavam sérias dificuldades para o dia da largada.
Partida da Praia do Laranjal (17.09.2011)
Partimos às 06h15 enfrentando o mesmo Nordestão e as mesmas ondas que avistáramos no dia anterior. Felizmente as ondas de proa podiam ser vencidas com facilidade pelo caiaque de meu parceiro sem grandes dificuldades técnicas, mas, em contrapartida, exigiam de nós um grande esforço físico. Em condições normais, nossa velocidade cruzeiro é de 4 nós (7,2 km/h), o forte vento de proa, porém, não permitiu que chegássemos sequer aos 2 nós. Depois de 01h15, temdo navegado apenas três quilômetros e meio, fizemos a primeira parada numa Praia (31°43’15,60” S / 52°11’27,48” O) onde um amistoso e carente “guaipeca” se aproximou e foi brindado com um pedacinho de uma barra de cereais. As perspectivas não eram alvissareiras, nesta velocidade chegaríamos a S. Lourenço somente na madrugada do dia seguinte. Descansamos e prosseguimos nossa saga confiando que a meteorologia confirmasse seus prognósticos que anunciavam ventos do quadrante Sul a partir do início da tarde. Passamos pela grande Colônia de Pescadores Z3 [3](31°42’04,06” S / 52°09’17,97” O). Fizemos uma nova parada na Margem Ocidental da Boca da Lagoa Pequena sem verificar qualquer alteração nas condições do tempo. Depois de comunicarmos ao pessoal de apoio nossa localização e reportarmos nossas apreensões, partimos rumo à Ponta da Feitoria. A meio caminho, uma repentina mudança nos entusiasmou, os ventos abrandaram. A alegria durou pouco e uma chuva extremamente fria nos envolveu. São Pedro de Cafarnaum, o “manda-chuva” batizava o novo canoísta. Aportamos, às 12h30, na Ponta da Feitoria (31°41’36,50” S / 52°02’22,18” O) e novamente uma doce calmaria nos empolgou. Ledo engano, estávamos protegidos pela vegetação da Ponta. Uma pequena capelinha e umas poucas casas de pescadores compunham o bucólico cenário. Depois de mais de seis horas de navegação, estávamos a apenas
Em volta do casarão, 5 estoicas paineiras dão um toque especial ao conjunto. Essas paineiras, por serem centenárias, não possuem mais espinhos no caule e galhos mais baixos. Algumas paineiras costumam, a partir dos 20 anos de idade, com o engrossamento da casca, perder os espinhos inicialmente na parte mais baixa do caule e, com o passar dos anos, a queda se estende às partes mais altas da árvore.
O Padre Francisco faleceu em 1784 e a Feitoria, a partir de sua morte, entrou em franco declínio, tendo em vista a pouca produtividade das colheitas, até ser transferida para São Leopoldo. Seu irmão Paulo Xavier Rodrigues Prates tornou-se mais tarde proprietário da região da cidade de Canguçu, da Ilha da Feitoria e de todo o primitivo Rincão do Canguçu. Reproduziremos, parcialmente, o excelente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Departamento de História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 2010, intitulado: “Na Trama dos Escravos de Sua Majestade: o Batismo e as Redes de Compadrio dos Cativos da Real Feitoria do Linho Cânhamo (1788 – 1798)”, pela professora e historiadora Renata Finkler Johann:
Do Rincão de Canguçu ao Faxinal do Courita: a Organização da Real Feitoria do Linho Cânhamo
A fundação da Real Feitoria do Linho Cânhamo foi determinada em 28.07.1783, por recomendações do Vice-Rei D. Luiz de Vasconcelos e Souza em carta ao governador da Capitania do Rio Grande de São Pedro, Sebastião Xavier da Veiga Cabral da Câmara. A Feitoria foi de fato estabelecida em 01.10.1783 e o local escolhido para instalá-la foi o Rincão de Canguçu próximo à Serra de Tapes e à Lagoa dos Patos, nas imediações da Vila de Rio Grande.
A escolha por Canguçu levou em conta as facilidades de produção, transporte e escoamento para o Rio de Janeiro. Nesse momento, a Feitoria surge como um estabelecimento diverso dentro da estrutura administrativa da Capitania. Foi subordinada diretamente às autoridades superiores da Colônia e passou por breves períodos de subordinação a órgãos fazendarios locais como a Provedoria e a Junta da Fazenda Real. Para reduzir os gastos, as despesas do estabelecimento foram contratadas pelo comerciante José Dias da Cruz que deveria fazer os adiantamentos em dinheiro, recebendo em troca couros extraídos do gado criado na Feitoria para alimento dos escravos e trabalhadores. Dessa forma, ainda que subordinada ao Vice-Rei, financeiramente a Feitoria era também administrada por particulares. Esse sistema teria sido utilizado até o final do século XVIII, quando frequentes atrasos dos repasses de dinheiro através do Erário Régio levaram à abolição do contrato e à integração da Feitoria à estrutura fazendária da Capitania.
Nos momentos iniciais do estabelecimento em Canguçu foi incumbido da organização e administração da Feitoria o Padre Francisco Rodrigues Prates Xavier juntamente com o ajudante Francisco Xavier da Cunha Pegado, o Tenente Antônio José Machado de Morais Sarmento, e os irmãos e soldados do Regimento de Bragança João e Mathias Martins, estes últimos com experiência na Europa em lavouras de cânhamo. Vieram ainda um cirurgião, um capelão, um almoxarife e cerca de 36 escravos oriundos da Fazenda de Santa Cruz ‒ Rio de Janeiro, que formavam 18 casais, 29 crianças filhos destes, além de 11 escravos e 27 escravas de confisco e um “moleque” solteiro. Esses escravos teriam seguido junto com o inspetor quando da trasladação do estabelecimento para a região do Rio dos Sinos ‒ e teriam ficado em Canguçu para posterior transferência 3 casais de escravos e seus respectivos filhos, 11 moleques solteiros e mais 4 escravos pertencentes ao confisco.
Em 1788, o inspetor do estabelecimento, junto com o Coronel Rafael Pinto Bandeira, passou a examinar novos terrenos para estabelecer a Feitoria. Escolhido o local, foi determinada a mudança para o Faxinal do Courita, às margens do Rio dos Sinos. Os motivos da transferência do Rincão de Canguçu para o Faxinal ainda são um tanto controversos, sendo necessário perceber até que ponto a transferência era de interesse estatal – em busca de terras realmente mais férteis e/ou de maior segurança; ou se era fruto de interesses de particulares. O Brigadeiro Rafael Pinto Bandeira, após assumir o governo interino da Capitania – em janeiro de 1784 – passou a interferir diretamente na administração da Feitoria, especialmente dando conselhos sobre a sua transferência.
A justificativa que ele dá a Luís de Vasconcelos para a transferência é a seguinte:
Ainda que Vossa Excelência não me peça informação, nem as sublimes luzes, e grandes conhecimentos de Vossa Excelência necessitarão arbítrio de um pequeno discurso, assim mesmo. Excelentíssimo Senhor, com o mais profundo respeito, sou obrigado a dizer aquilo mesmo que me parece será mais útil e mais seguro para a Real Feitoria. Considero, meu Excelentíssimo, que este importante e novo ramo de comércio fará grande ciúmes a nossos vizinhos. O estabelecimento está muito exposto a primeira mão nesta fronteira, e em tal parte de não poder se defender.
Não será o meu parecer de suspender daquele lugar o que está feito, antes conservar ali mesmo a criação de gado e uma correspondente lavoura; porém o grande estabelecimento, quanto a mim, Excelentíssimo Senhor, deveria ser no centro deste Continente, nas margens do Rio dos Sinos, donde não faltarão nem para o futuro as melhores terras de mato.
Queira a bondade de Vossa Excelência perdoar meu excesso, persuadir-se que nasce do grande desejo que tenho do adiantamento da Real Feitoria, em que Vossa Excelência tanto se interessa e na segurança de um tão importante objeto?
A historiografia tem creditado essa transferência, na maioria das vezes, ao solo infértil que o Rincão do Canguçu proporcionaria à cultura do cânhamo. Outra hipótese acerca dos motivos de transferência seria a de que a Feitoria encontrava-se estabelecida em um local de beligerância, ou seja, um espaço de fronteira que era constantemente ameaçado pelos vizinhos. Sua proximidade com a Vila de Rio Grande, palco de diversas disputas entre portugueses e espanhóis, poderia tomar a Feitoria vulnerável e desprotegida – pondo em risco os avultados investimentos da Coroa.
O inspetor Morais Sarmento e o Brigadeiro Pinto Bandeira visitaram as terras que se tornariam palco da nova sede da Real Feitoria e Luís de Vasconcelos, sabendo que ocorriam permanentes problemas de deserção de funcionários e escravos, acabou cedendo aos conselhos do Coronel Pinto Bandeira e transfere a Feitoria.
A Feitoria seria então transferida para um terreno que ficava junto à Estância do Gravataí, de propriedade do Coronel Pinto Bandeira desde a morte, em 1781, de sua mãe – Dona Clara Maria de Oliveira. A realização efetiva da transferência da Real Feitoria para o Faxinai poderia significar para Rafael uma grande valorização de sua propriedade. Após a aprovação do local, a mudança da Real Feitoria do Linho Cânhamo foi então iniciada em 25.09.1788.
Por motivo de avultadas chuvas, apenas no dia 14.10.1788 é que chega ao Faxinal o inspetor Morais Sarmento que narra a travessia de transferência:
Como sucedesse logo, na passagem desta insignificante travessia da Lagoa ([6]) experimentas as inconstâncias do tempo, foi impossível o vencer-se a referida passagem ao dito porto de São Caetano antes do dia 24.09.1788, em cujo mês embarquei no dito lugar com 18 casais de escravos de Sua Majestade, 29 crianças filhos dos mesmos, 11 escravos de confisco, 27 escravas do mesmo, um moleque solteiro peão do campo, dois feitores e um soldado Dragão do destacamento para aplicar às diligências da manhã, a ferramenta competente e o necessário municio para sustento no decurso da dita marcha; ficando no porto de Canguçu para seguir embarcado 360 alqueires de semente “enssoroada”, alguns canos, ferraria e muitas coisas pertencentes à Real Feitoria, que a sua aplicação podia admitir maior demora.
Em 25.09.1788, dei princípio à dita marcha em que gastei [incluindo seis dias que de forma nenhuma me foi possível caminhar por causa das copiosas chuvas e inundações de campos e rios] o tempo que medeia até 14.10.1788 que entrei neste Faxinal do Courita. (JOHANN)
(Jayme Caetano Braun)
Nobre cardápio crioulo das primitivas jornadas,
Nascido nas carreteadas do Rio Grande abarbarado,
Por certo nisso inspirado, o xiru velho campeiro
Te batizou de “Carreteiro”, meu velho arroz com guisado.
Leváramos o dobro do tempo previsto para percorrer pouco mais de 30 km e gastamos energia suficiente para percorrer 90 km. O senhor Flávio Oliveira Botelho havia sugerido, inicialmente, que ocupássemos uma instalação ao lado do grande casarão e mencionou que precisava tirar um gato morto de lá antes de instalar-nos.
Ao verificar que nossas embarcações eram simples caiaques, o bom homem se comoveu, levou-nos para sua casa e brindou-nos com suas encantadoras histórias e um saboroso carreteiro, permitindo ainda que pernoitássemos nas camas de sua moradia. Na propriedade encontramos uma das mais belas figueiras que já tive a oportunidade de admirar! Segundo o Sr. Flávio, ela ilustra calendários de Pelotas e São Lourenço. Foi uma noite agradável onde tivemos, graças à acolhida do senhor Flávio, a possibilidade de recuperar nossas energias para a empreitada do dia seguinte.
Bibliografia:
JOHANN, Renata Finkler. Na trama dos Escravos de Sua Majestade: o batismo e as redes de compadrio dos cativos da Real Feitoria do Linho Cânhamo (1788 - 1798) – Brasil – Porto Alegre, RS – Trabalho de Conclusão de Curso. UFRGS, 2010.
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
Ex-Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
[1] Aurinevadas: da cor do ouro e da neve. (Hiram Reis)
[2] Subitâneo: súbito. (Hiram Reis)
[3] Colônia de Pescadores Z3: também conhecida como Colônia de São Pedro ou Arroio Sujo, foi fundada em 29.06.1921. Alguns moradores mais antigos afirmam que a família “Costa” foi uma das primeiras a se estabelecer na região personificada pelo casal Olegário e Adelaide Costa. No início eram poucas pessoas e famílias, vivendo em casas de madeira e palha, oriundas de diversas regiões. Na primeira fase, no início do século XX, os moradores eram do Rio Grande do Sul, agricultores de cidades como Piratini, Tapes, Viamão e Rio Grande. Já numa segunda fase, a partir da década de 1950, vieram grupos de Santa Catarina, oriundos de cidades como Laguna, Itajaí, Florianópolis, entre outras. A partir da década de 1960, começaram a vir famílias procedentes de uma Ilha conhecida como “Ilha da Feitoria”, localizada a uma hora de barco da Colônia Z3. Numa fase final, a partir do início da década de 1990, começaram a surgir grupos naturais das periferias urbanas e da zona rural de Pelotas. (Ecomuseu da Colônia Z3)
[4] Real Feitoria de Linho Cânhamo (1783 - 1789): instalada, em 1783, na região de Canguçu Velho, Município de Canguçu, sob a inspeção do Padre Francisco Xavier Prates, acompanhado de Antônio Gonçalves Pereira de Faria, um Furriel para Almoxarife, quatro Soldados europeus e quarenta escravos de Sua Majestade trazidos do Rio de Janeiro, para trabalhar no cultivo e industrialização das duas plantas têxteis. Estes produtos, na época, eram empregados na fabricação de cabos e velas das embarcações. O nome do Município de Arroio do Padre tem origem em um acidente ocorrido com o Padre Francisco. Conta a tradição que o Padre e seu cavalo foram arrastados pelas águas do Arroio e que ele só se salvou do afogamento porque conseguiu agarrar-se a alguns galhos. Desde então, o local ficou conhecido como Arroio do Padre. (Hiram Reis)
[5] Terraço: soteia. (Hiram Reis)
[6] Lagoa: Patos. (Hiram Reis)
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Bagé, 20.12.2024 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 3.184, Rio, RJSexta-feira, 25.10.1963 Sindicâncias do Sequestro dão e
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – VI
Silva, Bagé, 11.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 224, Rio de Janeiro, RJ Quarta-feira, 25.09.1963 Lei das Selvas T
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – IV
Bagé, 06.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 186, Rio de Janeiro, RJSábado, 10.08.1963 Lacerda diz na CPI que Pressõessã
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – III
Bagé, 02.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 177, Rio de Janeiro, RJQuarta-feira, 31.07.1963 JB na Mira O jornalista H