Sexta-feira, 29 de dezembro de 2023 - 06h04
Bagé, 29.12.2023
É muito melhor arriscar coisas
grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se à derrota, do que
formar fila com os pobres de espírito, que nem gozam muito, nem sofrem muito,
porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota. (Theodore Roosevelt)
Propomo-nos, nesta “V Travessia da Laguna dos Patos”,
realizar o apoio fluvial aproximado ao amigo Leandro Fraga, o “Raí”, que projetara atravessar o “Mar de Dentro”, pela margem Oriental,
sua Margem mais hostil, pilotando uma prancha de Stand Up Pladdle.
Desafiando o “Mar de Dentro”
O “Raí” projetara percorrer o trajeto entre Porto Alegre e a Praia de
Cassino singrando parte do Rio Guaíba e a Laguna dos Patos. A inédita jornada
enfrentaria as adversas condições climáticas e as grandes vagas da Laguna.
Apoio Logístico
O “Raí” contava com apoio terrestre proporcionado pelo Ir:. Rodrigo
Patrício – o “Chico” (produtor e
piloto off road) e Jaime (piloto off road), com suas viaturas 4x4 e apoio
fluvial executado pelos dois caiaques oceânicos, modelo Cabo Horn da Opium
FiberGlass, pilotados pelo Professor Hélio Riche Bandeira e eu além do veleiro
“Ana Claci” capitaneado pelos Tarimbados
Comandantes Cel PM Sérgio Pastl e Norberto Weiberg.
A cobertura foi realizada pelos
nossos novos e caros amigos Juliano Ambrosini (diretor e câmera), Fernando
Rossa (assistente de direção e som direto), Gerson Silva (diretor de
fotografia), Deise Campos e Luciano Schoeler (apoio de produção).
Preparativos Finais (03.01.2014)
Resolvi pernoitar na Raia 1, nosso
local de partida. O Hélio veio à tarde para deixar o seu caiaque e aproveitei
para ir com ele, de carona, até a Marina do Lessa deixar parte do material que
seria transportado pelo veleiro “Ana
Claci”. Lá encontramos nossos diletos amigos Pastl e Norberto. Estes dois
pilotos já nos acompanharam em outras jornadas pela Laguna e conhecem, como
poucos, os segredos daquelas paragens.
Partida da Raia 1 (04.01.2014)
Hoje pela manhã, partimos, por volta
das 05h30. A cobertura realizada pela reportagem condicionou nossa largada à
luminosidade necessária para a tomada de imagens. Como sempre eu teria
preferido partir mais cedo quando as massas d’água estão mais calmas e assistir
ao romper da aurora depois de ter remado por mais de uma hora.
Aproveitamos a calmaria para aproar
diretamente para a Ponta Grossa e acompanhamos lentamente a progressão do
Stand Up Pladdle a uma média de 4,7 km/h. Fizemos nossa primeira parada na face
Sul da Ponta Grossa. Depois de um breve descanso partimos e eu fui à frente com
o objetivo de aportar próximo à Ilha das Pedras, nas proximidades de Belém
Novo, para fotografá-los.
O “Raí”, porém, resolveu margear, evitando o vento, passando distante
da Ilha e tive de me contentar com as imagens de gaivotas que por ali
perambulavam. Fizemos nova parada na ponta do Arado Velho e partimos para a
Ilha do Chico Manoel. No caminho o Hélio teve de fazer uma parada, pois estava
sentindo fortes dores em decorrência de uma pedra nos rins. Encontrei o veleiro
Ana Claci, nas proximidades da Marina do Lessa, e estava voltando para
verificar o que acontecera com o Hélio quando o Cel Pastl me chamou e disse que
ele telefonara avisando que logo estaria em condições de prosseguir.
O veleiro seguiu rumo a Itapoã e nós
aportamos na Ilha do Chico Manoel onde ingerimos algumas frutas e sucos antes
de prosseguirmos. Navegamos com destino à Praia Lami passando pela Ponta do
Coati e pela bela reserva do Lami onde fizemos mais uma breve parada. Depois de
contornarmos a face Sul da Ponta avistamos uma placa que recomendava uma
distância mínima de 200 m da Área de Proteção Ambiental, o único problema é que
só se conseguia ler o que estava escrito quando se estava a uns 20 m dela, uma
armadilha, talvez, dos talibãs verdes e ecoxiitas.
Paramos no Lami
onde se encontravam o Juliano, o Rodrigo e o Fernando. Os ventos fracos não
prejudicavam a progressão dos caiaques, mas dificultavam a navegação para o “Raí” que precisava margear aumentando
significativamente o trajeto.
Fizemos mais 2
breves paradas antes de aportar definitivamente no restaurante Butiá do Sr.
Henrique Möller, em Itapuã, depois de remar quase cinquenta quilômetros. O
Henrique permitiu que acantonássemos nas suas instalações e nos brindou com um
churrasco.
Rumo à
Varzinha (05.01.2014)
O segundo dia foi todo de “vento em popa”. O vento do quadrante
Norte nos empurrou até o Farol de Itapuã, onde realizamos uma breve parada na “Praia da Fortaleza”. Seguindo viagem
contornarmos a “Ponta da Espia” –
rumo Leste, o vento amigo mudou, então, vindo do quadrante Oeste. Ao transpor a
Ponta avistamos as duas enormes argolas, de uns trinta centímetros de diâmetro,
“fixadas às rochas com chumbo derretido”,
que faziam parte de um sistema que dá nome à Ponta (Espia). Aportamos na bela
Praia do Tigre para um breve descanso sob os olhos atentos da tripulação do “Ana Claci”.
Prosseguimos
margeando os quase 15 km da “Praia de
Fora” onde avistei uma capivara passeando languidamente. Fiz uma parada
aguardando meus parceiros, mas o “Raí”
passou ao largo direto e segui em frente, então, estacionando em um pequeno
bosque de eucaliptos de onde poderíamos realizar uma travessia terrestre
economizando energia, mas o “Raí”
preferiu contornar todo o “Pontal das
Desertas” acompanhado de perto pelo veleiro. Eu e o Hélio carregamos nossos
caiaques e bagagens para a margem oposta e mergulhamos nas límpidas águas da
Laguna onde ficamos aguardando nosso parceiro chegar. Daquele ponto podíamos
avistar nosso destino – a “Praia da
Varzinha”.
O vento, mais uma vez, nos ajudou e
mudou vindo agora do quadrante Sul nos empurrando até a Varzinha. Chegamos bem
e a equipe de terra já tinha tomado todas as medidas administrativas
necessárias junto ao Sr. Norberto Richard Bauer, administrador do Camping da
Varzinha.
O acampamento tinha sido montado impecavelmente
onde foi servida, logo após o banho, uma refeição saborosa preparada pelo
Fernando e os caiaques, por segurança, foram armazenados na própria residência
do Richard. Percorremos, neste dia, pouco mais de 40 km.
Rumo à Fazenda
Vitória (06.01.2014)
Partimos cedo
rumo à “Ponta do Abreu” e depois de
uma breve parada rumamos para a “Ponta do
Anastácio” desviando da Boca da Lagoa do Casamento. O vento de Este obrigou
o Raí a se afastar da rota forçando-o a fazer uma longa curva aumentando consideravelmente
o trajeto. Remei diretamente para a “Ponta
do Anastácio”, onde deveria estar ancorado o “Ana Claci”, de onde poderíamos acompanhar atentamente o
deslocamento do Hélio e do “Raí” e
intervir caso necessário.
Felizmente os
navegadores chegaram bem e pudemos curtir, juntos, as belezas e o encantamento
deste aprazível local. Tão agradável que motivou a toda equipe do “Ana Claci” desembarcar o que no caso de
meu caro amigo Coronel Pastl é uma raridade. Os amigos cumprimentaram-me
efusivamente pelo meu natalício. Desde janeiro de 2009 que comemoro meu
aniversário na Amazônia. Como percorri o Rio Tapajós na sua estiagem, em
outubro do ano passado (2013), pude, desta feita, celebrar o dia em que nasci
nas plagas gaúchas.
Partimos rumo Sul e o vento forte, vindo
de Este, atrapalhou, significativamente, o deslocamento do “Raí”. Nossos caiaques deslocavam-se a 4
km/h sem o auxílio do remo e a prancha do “Raí”
parecia ancorada.
Fomos algumas vezes até o veleiro
degustar alguns petiscos e continuamos, lentamente, acompanhando o “Raí” até que avistei, ao longe, o local
onde, na minha primeira descida pela margem Oriental, eu procurara abrigo e
pernoitara. Fui até lá conversar com o encarregado para termos uma opção de
acampamento caso não conseguíssemos chegar ao nosso destino. Já tinha
acertado todos os detalhes com o capataz quando o Hélio surgiu ao longe. O caro
amigo informou que o “Raí” estava
vindo devagar e que seria, mais tarde, rebocado enquanto deveríamos nos
deslocar direto para a Fazenda Vitória.
As vagas tinham
aumentado substancialmente mas os dois “Cabo
Horn” da Opium FiberGlass simplesmente não tomavam conhecimento das
mesmas. Depois de remarmos sem parar vinte quilômetros avistamos o jeep do “Chico” exatamente nas coordenadas
estabelecidas. Ele deslocou a viatura até uma casinha de madeira próxima a um
canal de irrigação onde acamparíamos devidamente autorizados pelo proprietário
Sr. Silvio Machado da Costa.
Adentramos no
Canal e preparamo-nos para o pernoite. O veleiro, rebocando o “Raí” chegou quando o Sol já se punha no
horizonte. Mais uma vez o Fernando foi nosso mestre cuca e depois do jantar a
equipe apresentou um bolo de aniversário com velinha e tudo que foi degustado
por todos. Abaixo transcrevemos o texto da equipe de apoio terrestre:
Hoje
a saída da equipe foi às 05h30, aproveitando o início do dia com iluminação boa
e Sol fraco. A tendência é percorrer mais 60 km e chegar a Palmares do Sul. O
contato com a equipe que participa da Travessia está cada vez mais difícil
devido ao péssimo sinal de telefonia na região.
A
pouco tempo conseguimos contato com o “Raí”
e as notícias não são nada boas. Hoje a Laguna mostrou sua face, um vento muito
forte entrou e prejudicou a remada. A situação foi de risco, as ondas atingiram
meio metro e Raí ficou à deriva, precisando ser rebocado por 20 km pelo veleiro
de apoio. Além disso, ele só conseguiu ficar na água por outros 40 Km com a
ajuda dos Caiaques do Coronel Hiram e do Professor Hélio.
Ambos são exímios conhecedores da Laguna e puderam dar
suporte ao atleta. Os ventos, porém, colocam em xeque a continuidade do
projeto, pois um ciclone se aproxima nos próximos dias e continuar a remar pode
colocar em risco a vida de algum integrante da equipe. No momento, toda a trupe
está reunida na Fazenda da Vitória em Mostardas e aguarda o dia de amanhã para
verificar as condições climáticas futuras com mais certeza. Após isso, será
reavaliada a continuidade do projeto. Abaixo uma mensagem do Raí e da equipe,
após saberem das mensagens de apoio recebidas por aqui:
Galera estou de uma forma ou de outra,
recebendo todas as vibrações positivas de vocês, mas o desafio é grande. Estou
indo do céu ao inferno dentro da Laguna. Nunca passei por algo assim! Obrigado
por todo apoio, isso é muito importante para nós. Obrigado! Leandro Raí e toda
a equipe Travessia Mar de Dentro. (RAÌ)
Rumo ao Porto do Barquinho
(07.01.2014)
Partimos eu e o Hélio e deixamos o
“Raí” consertando sua prancha. Não havia garantia de que ele iria remar hoje.
As vagas, vindo de Noroeste, chegavam a 1,5 m, mas, eram cheias e regulares de
modo que não prejudicavam, absolutamente, a progressão dos caiaques oceânicos
que navegavam em águas conhecidas.
Fizemos apenas uma parada antes da
Ponta de “São Simão”, a
biodiversidade nos encantava nunca hávia avistado tamanha quantidade de
capororocas, eram bandos enormes pousados mariscando nas praias ou singrando
horizontes. Um pouco antes da Ponta de “São
Simão” o pesadelo verde das monótonas, estéreis e uniformes plantações de
Pinus mais um vez nos assombraram. Infelizmente aqui, diferente de Santa
Catarina, as autoridades são criminosamente omissas em relação à esta invasão
arbórea alienígena que sufoca, oprime e esmaga a biodiversidade de nossa costa
litorânea sem dó nem piedade interferindo na geografia do terreno e
consequentemente prejudicando a flora e fauna lacustre como atestam as
pesquisas de Gianuca e Tagliani:
A
retração do setor agrícola e pesqueiro a partir da década de 70 e a
desvalorização das propriedades rurais resultaram em condições propícias para a
expansão do setor florestal, representado principalmente pela exploração de
pinus.
Na
região do Distrito do Estreito a maioria dos plantios em grande escala foi
estabelecida sobre planícies arenosas próximas à praia.
Foram analisados em um Sistema de Informações
Geográficas dois cenários (1964 e 2007) e, a partir da elaboração de mapas
temáticos e análise ambiental, constatou-se que os florestamentos de pinus
quando implantados próximos à praia, podem ser responsáveis por alterações na
dinâmica de ambientes costeiros como dunas, brejos úmidos,
banhados, Lagoas e campos.
Na área de estudo, as plantações de pinus ocupam 1.581
hectares, estabelecidas sobre dunas transgressivas e brejos úmidos.
Esses plantios próximos ao sistema de dunas podem ter interferido no processo
de migração de dunas transgressivas em direção às Lagoas e banhados, e
também, barrando o transporte eólico lateral que alimentava planícies
arenosas localizadas ao Sul da área de estudo, onde atualmente ocorrem brejos
úmidos. O efeito de barreira causado pelos plantios pode ter resultado no represamento
das águas do sistema de Lagoas do Estreito, diminuindo o número de
sangradouros. Essas alterações interferem nos processos naturais e podem causar a
homogeneização da paisagem, fragmentação de habitat e perda de biodiversidade. (GIANUCA &
TAGLIANI)
Chegamos exatamente às 15h00 no
Porto do Barquinho, em Mostardas, depois de remar tranquilamente 50 km. A
equipe de terra já estava a postos e aguardamos ansiosos a chegada do “Raí” e do veleiro. Decidi, pela primeira
vez nesta jornada dormir na barraca com o Hélio já que, com o tempo bom e a
noite estrelada, dormir ao relento era muito mais agradável.
O “Raí” chegou antes do veleiro, ele fora rebocado até a “Ponta de São Simão” e dali, enquanto o
veleiro contornava o enorme banco de areia, rumou direto para o Barquinho.
A noite foi extremamente agradável,
o pai do “Chico” – Ir:. Jaime, um
veterano jipeiro, preparou saborosos bifes na chapa. Nuvens carregadas
surgiram no horizonte e, preocupado, indaguei ao Comandante Pastl se havia
alguma previsão de ciclone, ele me afiançou que sim, mas que os “especialistas” afirmavam que o mesmo
passaria longe de nós, no Atlântico, e com essa informação nos recolhemos às
nossas barracas permanecendo embarcados apenas o Cel Pastl e o Norberto.
A temperatura dentro da barraca
estava insuportável até que por volta das 02h00 fomos brindados por uma leve e
fresca brisa. Não demorou muito para que este tão almejado alívio se
transformasse em pesadelo, um ciclone, com ventos superiores aos 100 km/h zunia
sobre nosso frágil acampamento. Segurávamos fortemente os estais da barraca
enquanto a água passava pelo forro “impermeável”
encharcando tudo, tentei, várias vezes, rezar o Padre Nosso, mas o pavor
fazia-me esquecer a letra da tão conhecida prece. Durante uns trinta minutos o
vento açoitou nossas barracas até que cessou tão de repente como começara
sobrevindo uma abençoada calmaria. Depois de verificarmos se todos no
acampamento estavam bem voltamos nossa atenção para o veleiro. O Chico informou
que luzes de lanternas piscavam em um dos molhes, a localização, porém, era
bastante diversa da de onde estivera ancorado o Veleiro e achei que podia se
tratar de um barco de pescadores.
Resolvemos que
o “Raí” deveria ir até lá verificar,
a prancha era mais fácil de colocar na água do que os caiaques, e ficamos
momentaneamente aliviados quando ouvimos o Cel Pastl gritar que estava tudo
bem. O “Raí” ao voltar afirmou que os
Comandantes estavam bem, mas que o veleiro naufragara, custamos a acreditar que
não era uma brincadeira de mau gosto. O “Raí”
disse que os dois estavam embrulhados em uma lona nas pedras e que tinham
intenção de ali permanecer até o clarear o dia.
Coloquei minha lanterna de cabeça,
pusemos meu caiaque e um bote de borracha na água, amarrei o bote ao caiaque, e
fui resgatá-los. Os bravos marinheiros tinham conseguido tirar grande parte da
carga do Ana Claci antes que este afundasse.
As três ancoras tinha sido
arrancadas, o veleiro arrojado contra as pedras escorregadias, mas felizmente
os dois estavam bem.
Porto do Barquinho (08.01.2014)
O Capitão pescador Jaime de Souza
Laguna, seus Auxiliares Juarez de Souza Laguna e Leonardo de Souza Laguna se
prontificaram a resgatar o “Ana Claci”.
A exaustiva operação envolveu todos os participantes da Travessia até as 23h30
quando então o veleiro ficou numa posição que permitiria rebocá-lo por um
trator desde a margem. Abaixo a nota da equipe de apoio:
Entre
os dias 07 e 08 de janeiro um ciclone extratropical atingiu a Laguna dos Patos
com ventos de mais de 100 km/h que naufragaram o veleiro que prestava suporte
ao Leandro Raí e ao restante da equipe. Durante o dia de ontem, o trabalho foi
para resgatar o veleiro. Uma tarefa manual, árdua e exaustiva para toda equipe.
(Coronel Pastl)
Nesta difícil e extenuante operação
de resgate pude comprovar o valor destes jovens que deram mostras de uma
dedicação, entusiasmo e força de vontade que raras vezes tive a chance de
observar. Meus parabéns a esta valorosa equipe e contem conosco para dar
continuidade a este projeto ou a outros similares – “Tâmo Junto!!!”.
Levando a Bordo El–Rei D. Sebastião
(Fernando Pessoa)
II. HORIZONTE
O Mar anterior a nós, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos.
Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas e o mistério,
Abria em flor o Longe, e o Sul
sidéreo ([1])
Resplendia sobre as naus da
iniciação ([2]).
Linha severa da longínqua costa ‒
Quando a nau se aproxima ergue-se a
encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto, abre-se a terra em sons
e cores:
E, no desembarcar, há aves, flores,
Onde era só, de longe a abstrata
linha
O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com
sensíveis
Movimentos da esperança e da
vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a
fonte ‒
Os beijos
merecidos da Verdade. [...]
Bibliografia
GIANUCA & TAGLIANI,
Kahuam de Souza Gianuca & Carlos Roney Armanini Tagliani. Análise em um Sistema de Informação
Geográfica (SIG) das Alterações na Paisagem em Ambientes Adjacentes a Plantios
de Pinus no Distrito do Estreito, Município de São José do Norte, RS – Brasil – Rio Grande, RS – Revista de
Gestão Costeira Integrada (RGCI) – vol.12 ‒ Mar, 2012.
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de
Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor
e Colunista;
Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do
Sul (1989)
Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre
(CMPA);
Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura
do Exército (DECEx);
Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério
Militar – RS (IDMM – RS);
Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando
Militar do Sul (CMS)
Ex-Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia
Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do
Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio
Grande do Sul (IHTRGS – RS);
Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia
(ACLER – RO)
Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio
Grande do Sul (AMLERS)
Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da
Escola Superior de Guerra (ADESG).
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
Galeria de Imagens
* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – X
Bagé, 20.12.2024 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 3.184, Rio, RJSexta-feira, 25.10.1963 Sindicâncias do Sequestro dão e
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – VI
Silva, Bagé, 11.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 224, Rio de Janeiro, RJ Quarta-feira, 25.09.1963 Lei das Selvas T
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – IV
Bagé, 06.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 186, Rio de Janeiro, RJSábado, 10.08.1963 Lacerda diz na CPI que Pressõessã
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – III
Bagé, 02.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 177, Rio de Janeiro, RJQuarta-feira, 31.07.1963 JB na Mira O jornalista H