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Hiram Reis e Silva

Terceira Margem – Parte DXCVII - Jornada Pantaneira - Decisiva Batalha – Parte IV


El Centinela n° 21, 12.09.1867 - Gente de Opinião
El Centinela n° 21, 12.09.1867

Bagé, 09.06.2023


Sonhara com um Império para si e para seu amante, e queria alcançar o trono mesmo passando por cima de montões de cadáveres! Madame Lynch vinha animar os soldados e representar uma cena de comédia. A esses pobres guaranis, que ela tratara sempre com o máximo desdém, começou a distribuir charutos e sorrisos.

Diz-lhes que se vão Cobrir de glória expelindo do seio da pátria os brasileiros, que os querem levar cativos a longínquas terras, roubando-lhes os filhos e as mulheres. Promete-lhes grandes prêmios, assegurando-lhes ao mesmo tempo ser de facílima execução a empresa que vão tentar; tudo está previsto e preparado para dar-lhes esplêndida e pouco custosa vitória.

Arrouba-se, excita-os, e termina declarando que traz-lhes seu mais estremecido filho, menino de 10 anos, para acompanhá-los em tão gloriosa expedição.

Os pobres soldados choram enternecidos, vendo essa mãe, essa estrangeira, mandar com eles ao combate seu filho mais querido, e juram morrer ou voltar triunfantes. Quanto ao menino, esse não partirá; não o querem os soldados, nem Romero consente.

O menino chora, quer combater pela causa da Pátria; Madame Lynch apoia-o, insiste, irrita-se; mas Romero não cede, e, como estava combinado, vence afinal.

Toda essa cena fora magistralmente representada. Os soldados ficam convencidos que se devem deixar matar, não só por obediência, mas também por amor dessa heroína mulher e desse filhote de tigre, que chora porque não o querem deixar confundir com o deles o seu precioso sangue.

São três horas da manhã, é preciso partir. Enchem-se as canoas e arrancam da margem. Com algumas remadas alcançam o fio da corrente. Recolhem-se os remos, e ai vão elas na escuridão da noite caminhando unicamente impelidas pela correnteza. Só o piloto tem a cabeça fora da borda; os outros agacham-se no fundo. A esse tempo, na margem correntina, dorme o Exército Aliado a sono solto: unicamente as sentinelas e rondas estão alerta, como de tempos a tempos o anunciam as pancadas secas da bandoleira sobre a espingarda e o tropear abafado e lento de dois ou três cavalos, que param aqui ou ali ao grito de ‒ quem vem lá? Na esquadra, cujos vasos estão todos distantes da ilha, reina profundo sossego.

Na mesma ilha tudo revela a maior tranquilidade. Na véspera o Itapiru, em vez de cessar o seu fogo, como de costume, ao pôr do Sol, o prolongara até ás nove horas. Mas depois calara-se. Quase toda a guarnição da ilha dorme por detrás das trincheiras.

Este sonha com a mãe a abraçá-lo lavada em lagrimas de alegria no dia do regresso; aquele com a noiva, que ficou na Pátria, a oferecer ao seu primeiro beijo a fronte coberta de pudico rubor. Quantos sonhos fagueiros não acodem nestas noites mal dormidas, em frente do inimigo, sob a abóbada celeste, o corpo estendido sobre o chão molhado pelo rocio ([1]), a cabeça apoiada na mochila!

Dormem e sonham os defensores da ilha, e aquela massa negra que boia sobre o rio, aproximando-se deles cada vez mais, traz-lhes talvez a morte, E ninguém a presente, a traiçoeira.

Entretanto, fora da trincheira, uma linha de vedetas ([2]) borda a ilha em frente à margem paraguaia. Vigiam elas? Sondam como era de seu dever, com olhar atento, e perspicaz a superfície das aguas, já cobertas de alguns tênues vapores, que pesadamen­te se vão levantando com a aproximação da madrugada? É licita a dúvida. A noite está a findar, o frio da manhã começa a fazer-se, sentir; murmura monotonamente o rio lambendo as margens da ilha: tudo está tão tranquilo! O que é verdade é, que a massa negra se avizinha sempre, e ninguém ainda soltou o grito de alarma.

Se alguém a viu, tomou-a, de certo, por uma dessas ilhotas trançadas de verdura, que o rio quando engrossa arranca às suas margens.

Por entre as sombras da noite que ainda envolvem em seu crepe negro águas, florestas e terras, com efeito dificilmente se poderiam distinguir as canoas paraguaias, artificiosamente cercadas de verdura e agrupadas, dessas ilhotas que às dezenas, durante os dias e as noites anteriores haviam passado por junto do banco.

Nenhuma remada as denuncia, nenhuma voz as atraiçoa, vêm vagarosa, mas incessantemente chegando-se. Já distam poucas braças da ilha.

  Sentinela, alerta! É tempo ainda, dispara a tua espingarda, acorda teus camaradas que descansam confiados na tua vigilância.

  Mas, as sentinelas dormem, ou estão iludidas, e a massa negra das canoas paraguaias se encostou à ilha.

Como si fosse uma jaula repentinamente aberta, com pulos de pantera saltam dela para a ilha 400 homens. Algumas vedetas são mortas, antes talvez de terem despertado, outras lutam a ferro frio, algumas buscam as trincheiras.

O rumor, um tiro agora, outro depois, acordam a guarnição que dorme ao lado das armas ensari­lhadas.

Alguns dos assaltantes já estão no fosso, outros já galgam as trincheiras, e um imenso grito de triunfo ‒ “Vivam os Paraguaios” seguido de feroz vozeria, atroa os ares. Mas, uma fita de fogo orlou a crista das trincheiras, a valente guarnição estava a postos, e acolhia o inimigo com uma descarga cerrada.

À essa descarga sucedeu um fogo por filas admiravelmente sustentado, não se diria que por detrás daqueles parapeitos estavam recrutas, que pela primeira vez entravam em combate e que haviam despertado quase sentindo o ferro do inimigo.

Tanta segurança, serenidade e precisão revelava aquele fogo que parecia executado em parada por tropas veteranas; e adestradas.

Felizmente foi sobre a trincheira da direita, que convergiram os esforços dos paraguaios, que porque a macega não lhes tivesse deixado ver quanto era fácil penetrar pelo centro, pela extrema direita e sobretudo pela extrema esquerda, contornando a fortificação; quer porque não se pudessem guiar bem na escuridão da noite.

Compreendendo os lados fracos de sua posição, Cabrita, sempre sereno, apenas foi sentido o inimigo, mandou o valente Capitão Tibúrcio defender o espaço aberto da extrema esquerda, confiou o centro ao intrépido Tenente Eudoro Emiliano de Carvalho e dirigiu-se para a direita, onde batiam-se encarni­çadamente o 7° de voluntários e o 14° de Infantaria, dirigidos por seus distintos chefes.

Repelidos das trincheiras os mais audazes para­guaios, que no primeiro ímpeto a iam galgando, debalde insistem os outros, pretendendo romper por aquela chuva de balas que os dizima.

Foi reforçada a primeira com a segunda coluna; sobra-lhes valor e disciplina, mas os grupos que formam cambaleiam sob a fuzilaria e alguns tiros de metralha, que sobre eles fez disparar o bravo Capitão Moura.

Não tardam a rarear-se, caem os homens como espigas ceifadas por destros lavradores. Porém não fogem, os bravos; deitam-se na macega e mesmo deitados fazem fogo sobre as trincheiras, não- mais esperando tomá-las, querem ao menos vender caro as vidas.

Aos primeiros tiros disparados na ilha acordaram os Exércitos Aliados. A feroz cuquiada ([3]) paraguaia ecoou dolorosamente aos ouvidos dos oficiais e soldados; eram gritos de sinistra alegria, como devem soltar canibais prestes a devorar em hórrido festim as carnes ainda quentes do inimigo vencido Os batalhões formaram-se imediatamente, sem sa­berem no primeiro momento onde era o combate, mas a direção de onde vinham os tiros e a vozeria demonstrou logo que a luta se travava na ilha.

Pouco a pouco a margem esquerda do rio ficou coberta de espectadores. O mesmo certamente aconteceu na direita; e assim quatro exércitos, de­bruçados sobre o largo Paraná assistiam, teste­munhas, ofegantes a esse ingente duelo, que tinha por teatro um banco de areia, erguido alguns palmos sobre o nível das águas.

Solene partida, jogada de um lado pela civilização e a liberdade, servidas pela dedicação, do outro pela tirania e a ignorância, apoiadas na mais completa obediência de que o mundo tem memória!

Dentre os aliados, como de razão, os mais ansiosos eram os brasileiros, pois brasileiros eram os que naquele momento batiam-se pela honra da aliança.

Um Batalhão de Infantaria dormia todas as noites na margem do Paraná para ser transportado à ilha, caso a guarnição desta carecesse de socorro; nessa noite coubera ao 12° esse serviço.

Osório, cuja impaciência era extrema, quis fazê-lo partir; era impossível, suas ordens a esse respeito não haviam sido cumpridas, o Batalhão estava pronto, mas seis canoas sem remos não podiam transportá-lo.

Como batiam forte todos os corações, como o olhar se aguçava debalde, para descortinar os incidentes da luta? O que se percebia era, que se valente fora o ataque, valente também era a defesa. Ardia em fogo a ilha, fuzilaria incessante iluminava-a de mil relâmpagos a um tempo. Ouvia-se sempre a gritaria dos paraguaios, mas respondiam-lhe as nossas cornetas tocando, sem cessar, a fogo ([4]).

Ninguém podia prever os resultados do combate, tão bem ferido parecia ele por um e outro lado. Os espectadores quase não respiravam; a ansiedade tinha chegado ao seu auge. De súbito um raio de Sol rompendo as trevas da noite e as brumas da manhã, que cercavam a ilha, bateu em cheio, sobre a parte superior da haste da bandeira; um brado, uníssono saiu de todos os peitos, lá estava flamejante o pavilhão auriverde, altivamente desfraldado às brisas da madrugada!

A luz desceu depressa e veio iluminar a ilha. Soou o hino nacional, e todos viram distintamente a guarnição saltar por cima das trincheiras e carregar à baioneta os paraguaios, que fugiam espavoridos. A vitória era certa.

  Glória à guarnição da ilha! glória aos palatinos da pátria, da liberdade e da civilização.

Mas o dia 10 do Abril, que surgia cheio de fulgores, devia ainda marcar a data de outros nobres feitos.

O “Henrique Martins”, pequena canhoneira de madeira, fazia parte da vanguarda da esquadra brasileira. Seu comandante, o 1° Tenente Jeronymo Francisco Gonçalves, vendo a ilha atacada, mandou tocar, à postos, fez acender as caldeiras e dirigiu-se ao comandante da vanguarda para participar-lhe que a ilha fora assaltada e pedir ordem para socorrê-la.

Sem ouvir as ponderações que lhe eram feitas relativas à necessidade de intervenção superior, tomou a responsabilidade sobre si, e seguido do “Greenalgh”, comandado pelo Tenente Marques Guimarães, a todo vapor caminhou para a ilha, chegando a tempo de metralhar pelo flanco os paraguaios, já completamente desbaratados. A terceira coluna, paraguaia, chegada mais tarde do que as outras, ainda não tinha desembarcado toda, ou teve tempo de reembarcar-se em parte, apesar de Cabrita ter mandado, quando a derrota se pronunciou, cortar com machadinhas os cabos que prendiam as canoas à ilha.

O canal entre a ilha e o Itapiru, por onde se escapavam os paraguaios fugitivos, era completamente desconhecido e estava defendido por canhões de 68. O comandante do “Henrique Martins” não hesita; enfia por ele, e lança a sua canhoneira sobre a flotilha de canoas paraguaias. Com a proa mete umas a pique, com as rodas levanta outras e as emborca, enquanto a marinhagem de revolver e carabina em punho mata-lhes os tripulantes, que procuram fugir a nado.

Os canhões paraguaios atiram com verdadeiro frenesi sobre a audaz canhoneira que lhes passa a tiro de pistola. A canhoneira lhes responde-lhes metralhando os que da margem lhe fazem fogo. Percorre lentamente o canal, limpa-o de inimigos, e surge avante do outro lado da ilha.

 

 

Estava consumada a vitória. Então o bravo Gonçal­ves aproou para o navio chefe da esquadra brasi­leira. Chegando à fala, participou ao Almirante Ta­mandaré, que os paraguaios haviam sido completa­mente esmagados, e pediu-lhe licença para encalhar, pois a sua canhoneira, tendo sido atravessada de lado a lado por balas de 68, tinha os quartéis de proa e popa inundados, e estava prestes a soçobrar. Felizmente ainda em tempo encalhou; mais alguns minutos de demora, o “Henrique Martins” se afundaria nas águas em que se cobrira de glória!

Dos 1.200 homens que atacaram a ilha raríssimos de certo conseguiram voltar ao exército de onde haviam partido cheios de confiança, 640 cadáveres de paraguaios alastravam a ilha.

Canoas cheias de mortos foram apanhadas pela esquadra, bem como alguns nadadores feridos ou não, que, vendo-se cortados pelo “Henrique Martins”, dirigiam-se para os navios brasileiros.

Na ilha caíram prisioneiros 62 paraguaios, dos quais só 16 não estavam feridos; entre estes figurava o Major Romero, comandante da 1ª coluna de ataque. Oitocentas espingardas, grande número de pistolas e sabres de cavalaria pertencentes aos paraguaios, foram apanhadas no Teatro da Ação; 30 canoas ficaram em poder da guarnição da ilha.

O entusiasmo que esse combate despertou não mor­reu no âmbito do acampamento brasileiro, argenti­nos e orientais, esquecendo velhas e entranhadas rivalidades, correram a felicitar os oficiais e chefes brasileiros, não cessando de elogiar calorosamente o bizarro comportamento da guarnição da ilha.

Infelizmente essa áspera lição infligida a López custou aos brasileiros alguns sacrifícios; poucos, é verdade, em relação à magnitude dos resultados colhidos, mas ainda assim dolorosos.

A briosa guarnição da ilha teve 149 homens fora de combate, 49 mortos e 100 feridos.

..........................................................................

 

Terminado o combate, Cabrita recolheu-se a uma chata que estava à sombra da ilha e que servia de depósito, ia tomar uma refeição e escrever a sua parte.

Estavam com ele o Alferes Woolf, o Tenente Carneiro da Cunha e o Capitão Sampaio, seu amigo, que de terra o fora felicitar. Os paraguaios enfurecidos pela derrota bombardeavam a ilha com fúria desusada: O rio tinha enchido, a chata se elevara com as águas e mais exposta ficara. Uma bomba lançada de Itapiru, e dirigida pela mão certeira da fatalidade, arrebenta entre Carneiro da Cunha, Sampaio, Woolf e Cabrita que, como Nelson, sucumbe gloriosamente, findo o combate, na hora do triunfo, batizando com o seu sangue o desconhecido banco por seu valor ilustrado. Carneiro da Cunha e Woolf são gravemente feridos; Sampaio cai redondamente morto.

Tristíssimo epílogo de tão brilhante vitória!

O combate na “Ilha do Cabrita”, que acabamos de narrar, omitindo muitos feitos, do mais subido quilate, não foi, sem dúvida, um desses acontecimentos grandiosos que decidem urna campanha.

Se López não tivesse imprudentemente mandado atacar a ilha, a ocupação desta não teria dado em resultado senão incômodos à sua guarnição. Se, aceita a ideia do ataque, fosse este conduzido por outro modo; pela retaguarda, ou mesmo pelos flancos largamente abertos da fortificação, quem sabe o que teriam de sofrer seus defensores?

Na pior hipótese os canhões da esquadra brasileira os vingariam, é certo, mas nem por isso deixaria o Exército de ter sido vítima de um golpe doloroso.

Como as cousas se passaram, o ataque da ilha teve importantíssimas consequências. Perdeu o inimigo mil e tantas praças escolhidas. As circunstâncias que acompanharam o combate, dando-lhe o mais vivo realce, superexcitaram o Exército Aliado, e incontestavelmente concorreram para apressar a passagem do Paraná, efetuada seis dias depois com o maior denodo, com a máxima confiança e com o mais feliz êxito.

Dr. Pinheiro Guimarães. (GLOBO N° 97) (Continua...)


O Brasil e o Paraguai

(Napoleão José Adriano Baldy,1865)

II

Só com sangue a liberdade

Se conquista entre os tiranos;

Só com sangue e muito sangue

Se libertam os humanos.

Vive atroz o despotismo

Ao rigor da escravidão:

A liberdade alcança

Com o troar do canhão.

 

Dos mártires que perecem

Pelo bem da humanidade,

Os doridos ais são hinos,

São hinos à liberdade.

Como apóstolos de Cristo

Por armas trocada a cruz,

Dissipam morrendo as trevas

Ao mundo dão nova luz. [...]

 

 

 

Bibliografia

 

O GLOBO N° 97. Aniversário do Ataque da Ilha do Cabrita ou Da Redenção – Brasil – Rio de Janeiro, RJ – O Globo n° 97, 10.04.1875.

 


 

(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;

 

Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)

Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);

Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);

Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);

Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)

Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);

Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);

Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);

Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)

Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);

Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)

Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).

Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).

E-mail: hiramrsilva@gmail.com.



[1]    Rocio: orvalho. (Hiram Reis)

[2]    Vedetas: sentinelas à cavalo. (Hiram Reis)

[3]    Cuquiada: algazarra incitando os soldados ao combate. (Hiram Reis)

[4]    A fogo: fazer fogo! (Hiram Reis)

Galeria de Imagens

  • Ilha do Carvalho (Imperial I. Artístico)
    Ilha do Carvalho (Imperial I. Artístico)
  • Villagran na Chata (Álvaro Martins)
    Villagran na Chata (Álvaro Martins)
  • El Centinela n° 27, 24.10.1867
    El Centinela n° 27, 24.10.1867

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