Segunda-feira, 5 de junho de 2006 - 15h11
Publicadas nas edições de sexta (19) e sábado (20) do jornal Folha de Rondônia, as denúncias do Conselheiro do Tribunal de Contas Amadeu Machado são muito graves. Não há necessidade de leitura nas entrelinhas. Elas condenam o comportamento da Assembléia Legislativa como um todo e dos políticos rondonienses. Em alguns casos, chegam a ser muito claras, apesar de não se dar nome aos bois. Amadeu denuncia por exemplo o que resolveu chamar de “proliferação galopante dos projetos pessoais dos deputados”, através de “fundações assistenciais de fachada, emendas parlamentares combinadas, compras de ambulâncias previamente acertadas, obra mal feita por causa dos pedágios que os empreiteiros têm que pagar, da comissão que os fornecedores têm que desembolsar”. Amadeu fecha o círculo e não deixa ninguém de fora. Mesmo sem citar nomes, ele pede para que se verifique a prosperidade de uma loja de automóveis de Cuiabá e a coincidência entre suas vendas e a transferência de recursos via determinado parlamentar federal. É mole ou quer mais? Com as denúncias, Amadeu, que conhece bem os bastidores da administração pública, por ter dela participado no Governo Pianna e na Prefeitura de Porto Velho, Amadeu atira no mesmo rol boa parte dos políticos rondonienses. Diz com todas as letras que a maioria é corrupta e busca o exercício da função apenas para engordar os próprios bolsos e contas bancárias. Em boa parte do que diz, o conselheiro jamais inventou qualquer coisa. Muito pelo contrário, Machado está apenas corroborando com o pensamento da grande maioria dos brasileiros, que tem plena consciência de que a política, para a maioria dos que concorrem a cargos públicos, está apenas na locupletação pessoal. São poucos os que pensam que a coletividade e seus interesses devem estar acima do enriquecimento ilícito, que, como frisa Amadeu na entrevista, tira muitos recursos de determinada obra ou da compra de equipamentos para hospitais, escolas etc. É louvável a atitude do conselheiro do Tribunal de Contas. Há que se denunciar todas as falcatruas que vêm sendo praticadas contra o erário. Melhor ainda quando a decisão parte de alguém com o cacife político e administrativo de Amadeu Machado. Até porque, pelos cargos que ocupou ao longo dos últimos anos e como conselheiro do Tribunal de Contas, tem acesso a informações privilegiadas que a grande maioria da população não tem. Agora, resta à Imprensa rondoniense cobrar do conselheiro que dê nomes aos bois. Do contrário, as denúncias continuarão vazias e ninguém vai ser punido pelos crimes que vêm sendo praticados ao longo dos anos e que só tendem a prejudicar o Estado, deixando milhares de pessoas sem qualquer tipo de assistência ou condições de alcançar o que sempre buscou honestamente, como a melhoria da qualidade de vida. Tenho dito.
Um companheiro de verdade (Montezuma Cruz) A partir do momento em que gente ultrapassa a barreira dos 50 anos começa a se surpreender com notícias
Se, aparentemente, Ivo Narciso Cassol voa em céu de brigadeiro, sem maiores tormentas a não ser alguns arrufos da senadora petista Fátima Cleide, o me
Ninguém em sã consciência vai negar que a queda de braços entre o governador Ivo Cassol e o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Carlão de O
A queda de braços entre o governador Ivo Cassol e o presidente da Assembléia Legislativa Carlão de Oliveira a respeito da questão do Orçamento estadua