Domingo, 6 de novembro de 2005 - 06h22
Ninguém em sã consciência vai negar que a queda de braços entre o governador Ivo Cassol e o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Carlão de Oliveira, tem conotações políticas. Os dois sempre foram adversários na Zona da Mata, de onde são oriundos, entre outros fatores. O mais importante nisso tudo, entretanto, é que ano que vem tem eleição. E aí o bicho pega. Os dois, como outros de quilates inferiores, estão de olho nos cargos de maior importância no Estado. Há que se levar em consideração, contudo, que, até em função do processo eleitoral, o vil metal, enfim, o dinheiro, é o que importa. Alguns dizem que Cassol quer o Orçamento estadual só para si, como forma de fazer caixa para as eleições do ano que vem. Pode ser. E ele não seria o primeiro a se utilizar do expediente. Outros, entretanto, afirmam que o presidente da ALE, Carlão de Oliveira, quer manter as emendas dos deputados como forma de fortalecer-se junto aos seus pares e, conseqüentemente, ao eleitorado destes. Por quê não? Só há um erro em toda a situação. O imbróglio que envolve os dois poderes pode levar a população rondoniense a uma situação de penúria. Sabe-se que o Estado não vive seus melhores dias. Muito pelo contrário, a segurança é precária, a saúde está na UTI e a educação não existe. Isso para citar apenas três setores, sem levar em conta, por exemplo, o social, onde a falta de programas é uma realidade dolorida. Toda essa realidade pode se agravar a partir do momento em que o Orçamento do Estado seja retido e nenhum dos poderes possa trabalhar. É bom que se diga que outros setores também dependem da resolução, o mais rápido possível, do problema. São eles o Ministério Público, o Tribunal de Justiça e o Tribunal de Contas. Sem dinheiro nenhum deles pode funcionar. Diante do quadro, imagine a situação do cidadão comum, aquele que trabalha de sol a sol, ganha um salário mínimo ou pouco mais que isso e tem que manter uma família de cinco ou mais filhos. O que fazer? Nada. Apenas esperar. E torcer para que os marginais não sintam que o barco estadual está ã deriva e tende a naufragar num breve espaço de tempo. Se escapar das ações dos bandidos, o trabalhador tende a continuar analfabeto ou morrer nas filas dos postos de saúde ou dos hospitais públicos. Para agravar ainda mais a situação, há que se colocar que Rondônia é ainda um Estado em formação, completamente incipiente. Não tem indústrias, conta com uma agricultura apenas de base, sem maiores tecnologias, entre outras coisas de maior ou menor monte. Por todos os motivos apresentados, resta contar com o bom senso dos dirigentes estaduais. Se isso não acontecer, Rondônia deixará de marchar rumo ao seu destino de sucesso para regredir em definitivo. Até porque um ano perdido pode se transformar num atraso de décadas. É hora, então, de rever posicionamentos. FONTE: jornalista Paul Correia
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