Sábado, 7 de julho de 2012 - 10h27
A essa altura de minha vida não sei o que dói mais, se as lembranças boas ou as ruins. As melhores lembranças certamente estão relacionadas à juventude, à plenitude, e também à congregação familiar, às descobertas da vida, às celebrações com as amizades sinceras, enfim, a um tempo em que tudo, absolutamente tudo, parecia ser eterno...
No cenário das lembranças boas não aparecem despedidas, não aparecem palavras ásperas, não aparece saudade, não aparece o envelhecimento (as mazelas que dele advêm), nem a morte: as lembranças boas são, sobretudo, encontros, filhos nascendo, netos nascendo, risos, casa cheia, crianças brincando, natais festivos, paixões, amor, muito amor, além do espelho refletindo um rosto agradável, um par de olhos que brilham e uma pele vigorosa.
Normalmente, costumamos evitar as lembranças tristes porque as consideramos por demais dolorosas: a doença dos pais, suas mortes, o casamento desfeito (se for o caso), um diagnóstico ruim, perdas familiares, dificuldades de toda ordem... Porém, quando adentramos a maturidade, nos damos conta de que há em nós certo mecanismo que seleciona essas memórias tristes e as processa, transformando-as numa espécie de energia que nos impulsiona à aceitação e a seguir em frente. Será este mecanismo parte de algo relacionado à manutenção de nossa sanidade emocional e afetiva, aspecto fundamental à vida? Pode ser...
No que concerne às lembranças tristes, o tempo cuida de colocá-las em seu devido lugar: sepulta nossos mortos, seca as nossas lágrimas, diminui nossas velhas dores e nos lembra, a cada nova ruga, que precisamos reagir e tratar da vida.
Agora, com relação às boas lembranças, em nada interfere o tempo; elas continuam com a gente, vívidas e atualizadas, a despeito dos dias, dos anos, das décadas... Porém, por já terem passado, doem tanto ou mais do que as lembranças tristes, pois trazem consigo a consciência de que tudo é finito, de que tudo é efêmero, de que tudo é passageiro, de que tudo é apenas um sopro...
Tratemos, então, de viver a plenitude da vida que temos agora, mesmo que ela não pareça lá grande coisa... Que aprendamos, pois, a valorizá-la e a vivê-la intensamente... Afinal é a nossa vida, é o nosso presente... Viva a Vida!...
Sou uma pessoa de sono difícil e sonhos perturbadores, custo a crer que não são realidade. Aliás, na madrugada, passei mal e precisei de atendimento
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Ela não era fumante, nunca foi, e se casou com meu pai, que fumava desde a meninice. Ela passava mal com o cheiro forte do cigarro impregnado nos le
O mundo em que nasci não é este que Deus está me permitindo ver e viver. Em um mundo analógico, as mudanças eram lentas; as crianças obedeciam às r