Sábado, 11 de maio de 2013 - 20h14
Quando a gente é criança, a gente não consegue respirar se a mãe não estiver por perto, afinal ela sabe tudo sobre as pequenas e grandes coisas, ela sabe tudo sobre o que certo e o que é errado, ela parece conhecer todas as pessoas do mundo e cada filho pelo avesso: afinal ela é a mãe. Quando a gente é criança, nossa condição de incapazes nos leva a depositar sobre a figura materna nossa própria capacidade de existir: nada, absolutamente nada, que venha da mãe, essa figura idolatrada que nos alimenta com um grande sentimento amoroso, é questionado.
Na adolescência, fase em que deitamos sobre o mundo um olhar próprio, começamos a enxergar as coisas da vida não mais através dos olhos da mãe; então descobrimos que ela também pode cometer equívocos e, não raramente, nos sentimos incomodados com todo aquele amor e com toda aquela proteção.
Na idade adulta, após certo distanciamento, e após havermos constatado que a mãe é apenas uma pessoa, portanto alguém passível de enganos e de fraquezas, principiamos a enxergar em nós as próprias limitações maternas, afinal compartilhamos todos da mesma condição humana.
Na maturidade, após deixarmos para trás as demandas imediatistas do cotidiano, época em que não precisamos mais, a rigor, lutar pela sobrevivência, a figura da mãe, que a essa altura já deixou este mundo, torna-se vívida e presente em cada minuto de nossos dias: quanta saudade!
Então derramamos lágrimas amargas pela sua ausência, evocamos sua existência terrena e lembramo-nos da convivência materna como a fase esplendorosa e doce de nossa existência. E não sabíamos disso, tão inocentes éramos! Assim, divagamos e pensamos que se nos fosse dada nova oportunidade de compartilhar a vida com nossa mãe, certamente ofereceríamos a ela todas as flores deste vasto mundo, falar-lhe-íamos as palavras mais doces que sabemos pronunciar, e lhe devotaríamos o sentimento mais puro, o mesmo que nos atava à sua sábia figura na infância...
Ainda bem que para nós, pobres viventes, seres cônscios das amarras a que nos submete a pequenez humana e mortal, existe uma mãe maior, uma mãe que carrega em si e em sua história triste todas as mães do mundo: as vivas, que ainda podemos homenagear neste dia, e as mortas, aquelas que vivem apenas em nossas lembranças. Não importa a idade que tenhamos, qualquer alusão a esta grande mãe nos sensibiliza e nos toca profundamente, pois ela também é mãe de nossa mãe, de nosso pai, de nossos filhos, de nossos netos, de nossos irmãos, de nossos avôs e avós: Obrigada Maria, Mãe Santíssima! Obrigada pela força, pela esperança, pela luz, pela proteção à humanidade...
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