Sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016 - 15h43
Na cidade grande sente-se mais de perto a proximidade das eleições; talvez isto ocorra pelo papel contundente que a imprensa ocupa na vida do cidadão: a imprensa, na cidade grande, é muito poderosa: ela nos lembra, diariamente, os cuidados na hora de decidir em quem votar.
O Brasil vive uma crise terrível em todos os aspectos: na economia, estamos à deriva, sem comando, sentindo no bolso os efeitos da incompetência, da falta de seriedade e da manipulação do poder em benefício de uma corja de ladrões, este é um dos aspectos. Assistimos, perplexos, aos aliados do ex-presidente e a própria presidente da república tentando impedir que o cidadão seja julgado, porque se for, não escapará da justiça. A crise moral agora atinge a família brasileira; não duvido que cheguemos ao ponto em que não se poderá definir o gênero de uma criança ao nascer, isto será “politicamente incorreto”, pois a própria criança, antes de completar a primeira década de vida, informará aos pais e ao mundo se é homem ou mulher! Ontem ouvi a voz de um parlamentar do Rio de Janeiro tentando preservar as crianças de 4, 5 e 6 anos de terem acesso a uma famigerada cartilha voltada a ensinar “educação sexual” às criancinhas ainda pequenas, com foco, é óbvio, nas relações homossexuais. E o parlamentar parecia falar com receio, medo de ser taxado de homofóbico, talvez, e ir parar na cadeia ou coisa que o valha.
Acredito que a televisão, sobretudo a rede globo, a poderosa do país, induz cada vez mais à erotização precoce das crianças (vide a novelinha Malhação) e força mudanças de comportamento com muito pouca ou sem nenhuma responsabilidade: falta, ali, um conhecimento real da complexidade que envolve o psiquismo de uma criança, e os danos que a precocidade pode causar à sua vida.
Mas voltando às eleições, confesso-me desencantada; sou desencantada com o modelo de campanha corpo-a-corpo, em que votos são barganhados; sou desencantada com o modelo de apoio de campanha que envolve os famigerados políticos profissionais e as famigeradas empresas que sempre ganham as licitações e alimentam o sistema de propina; sou desencantada com as alianças partidárias, pois sabemos as podridões que encobrem.
De uma coisa estou certa: renovação não significa votar em filho de político ou afins; renovação não significa eleger ou reeleger pessoas que têm a marca da corrupção em seu passado. Tampouco acreditar e contentar-se com a horrível máxima de que “Fulano rouba, mas faz”. Precisamos exercer nossa cidadania com responsabilidade e foco no bem comum!
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