Segunda-feira, 4 de novembro de 2013 - 11h53
É com satisfação que apresento à comunidade intelectual de Rondônia e aos leitores de um modo geral um trabalho sobre a Professora Marise Magalhães Costa Castiel, personalidade da maior importância no processo de desenvolvimento e expansão da educação, bem como na formação embrionária da cultura rondoniense.
O nome da Professora Marise Castiel foi condenado ao ostracismo do esquecimento por quem deveria reverenciá-lo: a sucessão contínua de autoridades constituídas deste estado e deste município; isto considero inaceitável, assim como considero inaceitável o esquecimento a que foram relegados outros importantes pioneiros desta terra.
Na verdade tento trazer, de forma coloquial e através de pequenas crônicas, despojadas estas da rigidez do formalismo linguístico, uma parte de nossa memória, da memória de Rondônia, nas décadas de 1940, 50, 60 e 70, e a importante participação de Marise Castiel no processo de valorização da educação básica a qual conseguiu elevar a um nível de excelência nas escolas públicas da capital. (Clique AQUI e assista entrevista concedida ao programa Papo News, com Sérgio Mello).
E o exemplo de Marise Castiel demonstra que os agentes da história somos nós; nós fazemos a história de um município, de um estado, de uma nação. Por trás de todo progresso, há os principais partícipes, vultos históricos que dedicaram a vida à causa do desenvolvimento humano. Uma sociedade desenvolvida há que cultivar a memória, não pode esquecer seus pioneiros, as pessoas cuja existência fizeram a diferença na vida da coletividade e das futuras gerações.
Infelizmente esta máxima da ética humana não se aplica a Rondônia de hoje; viramos terra sem passado, terra sem líderes, terra da corrupção e da vergonha. Desde o início da década de 1980, época marcada por uma explosão demográfica, quando milhares de pessoas vieram para Rondônia, muitas em busca do Eldorado prometido, o passado do que foi o Território de Rondônia parece ter desaparecido, parece ter sido tragado quase que completamente da memória dos próprios rondonienses, limitado que ficou a algumas datas, cujo significado passa ao largo do real interesse e do empenho de quem rege os destinos do estado e do município. Tanto o descaso com relação às nossas datas quanto à ausência de reverência aos nossos pioneiros parece ser proposital, porque uma terra sem memória torna-se mais vulnerável à ganância aventureira. Clique AQUI e assista entrevista concedida ao jornalista Léo Ladeia, no programa Tempo Real da TV Candelária).
Assistimos ao longo dos anos os logradouros públicos de Porto Velho, ruas e espaços públicos, serem nomeados com denominações esdrúxulas: nomes de pedras, nomes de peixes, nomes de pessoas de outras regiões do país que nada fizeram por Rondônia; e deixam propositalmente de reverenciar a memória de pessoas cuja vida foi dedicada à causa de Rondônia, como é o caso da Professora Marise Castiel. Não nos surpreenderemos se qualquer dia a nossa Porto Velho deixar de ser a capital do estado de Rondônia, pois os sinais que percebemos apontam para o extermínio da memória histórica e cultural de Porto Velho.
Ao longo de décadas, temos sido colonizados: colonizados que fomos e desprovidos da própria identidade, calamo-nos, como se tivéssemos vergonha de nosso passado, vergonha de nossos mentores, vergonha de nossas raízes, vergonha de ser quem somos.
Diante desse quadro, considero que precisamos nos unir em torno de uma causa maior e lutar pelo resgate de nossa identidade fragmentada, pela valorização de nossa própria cultura, pela devida homenagem aos nossos verdadeiros pioneiros, sobretudo aqueles que aqui aportaram nas décadas de 1920, 1930, 1940, 1950, 1960, quando a sobrevivência era realmente difícil e precisavam, todos os viventes desta terra, tornarem-se destemidos brasileiros.
É tempo de mudança. É tempo de resgatar verdadeiramente o passado, para que possamos construir o futuro com a cabeça erguida e orgulhosos de quem somos, orgulhosos por viver sob os céus de Rondônia, terra resgada com o suor de nossos antepassados: somos amazônidas! Somos brasileiros!
Viva a Professora Marise Castiel! Viva aqueles que promovem cultura nesta terra! Viva os Professores do Território Federal de Rondônia e tantos outros pioneiros que dedicaram a vida à causa de Rondônia.
Fonte: Sandra Castiel
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