Domingo, 7 de julho de 2019 - 11h06
Na última sexta-feira, Rondônia vestiu-se de luto, pois perdeu seu bandeirante mais apaixonado: Abnael Machado de Lima. Abnael era filho da Amazônia, o sangue que pulsava em suas veias era a própria seiva que alimenta o verde de nossa gigantesca floresta; conhecia cada árvore, cada fruto, cada palmo de terra, cada canto de pássaro, cada animal desta região; conhecia cada cachoeira, cada rio, cada igarapé, cada igapó, cada chavascal, cada tipo de vegetação; conhecia todas as nuances dos céus de Rondônia; as nuvens que indicavam chuvas amenas ou fortes, as nuvens que indicavam escassez de água. Abnael era muito mais que um professor que dedicou a vida ao magistério; era um estudioso obcecado pelo conhecimento de nossas raízes, de cada momento de nossa história, de cada expressão de nossa cultura, de cada personalidade que ajudou a fazer de Rondônia o que se tornou hoje, desde o primeiro dormente fincado no chão pelos pioneiros da Madeira Mamoré. E amava compartilhar todo esse conhecimento que sua inteligência privilegiada acumulara ao longo da vida: estava sempre disponível para quem o procurasse em sua acolhedora casa; ali, buscava em seus guardados os frutos de suas pesquisas para esclarecer sobre o tema em questão: apresentava livros, fotografias e manuscritos, além de discorrer sobre o assunto com a riqueza de detalhes que lhe era peculiar; Abnael era um livro de ouro, um compêndio mágico capaz de ensinar tudo, absolutamente tudo sobre a terra que venerava desde sempre. Marido amoroso, pai abnegado, avô orgulhoso de seu neto Cauã... Nazaré, o amor de sua vida, esposa e companheira leal da existência inteira; Natália, Noeli, Hélia e Júnior, filhos desse grande amor; nora e genros; minha saudade junta-se às vossas.
. Abnael estará sempre conosco, do lado esquerdo do peito, até o fim.
Sou uma pessoa de sono difícil e sonhos perturbadores, custo a crer que não são realidade. Aliás, na madrugada, passei mal e precisei de atendimento
Quando eu era nova, o tempo não era um tema que eu considerasse instigante. Para mim bastava pensar que a vida é o que é, ou seja, tudo se modifica
Ela não era fumante, nunca foi, e se casou com meu pai, que fumava desde a meninice. Ela passava mal com o cheiro forte do cigarro impregnado nos le
O mundo em que nasci não é este que Deus está me permitindo ver e viver. Em um mundo analógico, as mudanças eram lentas; as crianças obedeciam às r