Terça-feira, 17 de fevereiro de 2015 - 14h23
Começo a digitar ouvindo o samba da Portela, deleitando a alma com o som de uma voz negra poderosa: "Sou carioca, sou de Madureira!...". Penso que assim o Brasil e o mundo se dará conta de que a alma carioca vive no subúrbio, e o suburbano é o "verdadeiro" carioca, pela bagagem cultural que colheu do entorno desde o nascimento até sempre, ao longo da vida. Ver a Portela passar me leva à juventude, em Porto Velho, quando as duas escolas de samba que mais se destacavam no carnaval carioca (e em todo o país) eram a Portela e o Salgueiro e ditavam as tendências para todo o Brasil. Torcíamos pela Portela, claro, afinal as cores azul e branco serviram de inspiração à nossa escola Pobres do Caiari, rival ferrenha da Diplomatas do Samba, cujas cores eram as do Salgueiro, vermelho e branco. Grande tempo... A Portela merece ser campeã. Viva a Portela!
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Os dias de carnaval no Rio de Janeiro são emblemáticos: desde cedo, na fila do mercado ou da farmácia, você compartilha o espaço com anjos, odaliscas, piratas e uma infinidade de personagens, fora os que usam as camisetas dos blocos de rua; dá gosto de ver! Nota-se que a população é incentivada pelas autoridades a participar, a envolver-se nesta grande festa que faz a alegria do povo brasileiro: o trânsito é mudado cuidadosamente, banheiros químicos são espalhados pelas vias públicas etc. Isto se traduz como incentivo à cultura. Infelizmente, este incentivo é inexistente em Porto Velho. O que se lê, o que se vê, o que se acompanha são pessoa e instituições que promovem a cultura popular lutando incansavelmente para conseguir do poder público uma verba parca, migalhas que não chegam sequer a cobrir seus custos. Pelo que se pode observar, a coisa vai de mal a pior: as escolas de samba de Porto Velho desfilarão no final de março! E aí a gente se pergunta: Qual é a graça de desfilar um mês depois do carnaval? O que se percebe é um desrespeito generalizado para com a cultura local. Se depender do poder público, morrerão todas as tradições locais. Lembro-me do arraial Flor do Maracujá, evento grandioso, motivo de orgulho para a cidade, que há bastante tempo vem sendo penalizado por absoluto descaso de autoridades. Uma lástima!
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De todos os blocos que marcaram esta folia de Momo, sem dúvida o mais marcante é o Bloco dos Bilionários. Este bloco tem desfilado diante de nossos olhos estarrecidos: nunca dantes neste país (acho que no continente ou quem sabe, no planeta) um bloco impactou tanto: Agora sabemos para onde vão os recursos desta nação (recursos que saem de instituições que deveriam ser fontes de qualidade de vida para o povo brasileiro), recursos arrancados do contribuinte para a promoção de enriquecimento de políticos, partidos, executivos de empresas e funcionários indicados para cargos de direção. Agora sabemos por que nunca há dinheiro suficiente para as castigadas instituições brasileiras como a Saúde e a Educação básica. A Petrobrás é apenas a ponta do fio da meada, certamente a podridão está infiltrada onde há obras e licitações neste país. Chega! É hora de o brasileiro dar um basta na corrupção, no câncer que são as campanhas políticas no Brasil, bases das famigeradas alianças entre políticos e empreiteiros. Campanha política há que se ater apenas ao horário na TV, por que não? Um horário estipulado igualmente a todos os partidos. Nada de viagens milionárias em jatinho de empreiteiros (ou pagas por eles), nada de distribuição de brindes ao eleitorado, favorecimentos ou coisa que o valha. Isso já seria caminhar alguns passos para deter este câncer.
Precisamos por nosso bloco na rua: abaixo a corrupção!
Sou uma pessoa de sono difícil e sonhos perturbadores, custo a crer que não são realidade. Aliás, na madrugada, passei mal e precisei de atendimento
Quando eu era nova, o tempo não era um tema que eu considerasse instigante. Para mim bastava pensar que a vida é o que é, ou seja, tudo se modifica
Ela não era fumante, nunca foi, e se casou com meu pai, que fumava desde a meninice. Ela passava mal com o cheiro forte do cigarro impregnado nos le
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