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Sandra Castiel

Um dedo de prosa


Um dedo de prosa - Gente de Opinião

De vez em quando é bom a gente compartilhar com alguém as impressões sobre a vida. Hoje amanheci mais leve, parece que a penumbra que envolve a cidade, o estado, o país e o mundo deu lugar a réstias de luz, ao dourado do sol que invadiu minha janela com seus raios cálidos; quanta beleza! Contemplo a natureza, as criações de Deus à minha volta, animais, flores e árvores, cuja expressão é diferente da linguagem humana, e preencho minha alma. Ponho-me a pensar como é reconfortante a fé no Criador.

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 Acredito que a maioria dos cidadãos começa a refletir sobre o cenário político do nosso país. De um lado, a Direita; de outro, a Esquerda. O brasileiro que sua a camisa, para levar o pão pra casa, deveria pensar cuidadosamente para onde vai o dinheiro que é descontado todo mês de seu salário (isto no caso de ter um salário), ou de sua pequena empresa: você tem o retorno desses impostos em benefícios para sua família, ou essa montanha de dinheiro será repartida entre os políticos corruptos que há muito comandam nossos destinos e condenam à miséria milhões de pessoas? Seu dinheiro provavelmente há anos vem sendo empregado em moradias de luxo no exterior, talvez Miami, Paris, Londres, Lisboa, enfim, escolha ao gosto do freguês, tudo com o meu, o seu, o nosso dinheiro. 

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Homens de fala mansa, barba escura (cá pra nós, acho esteticamente o máximo), mangas compridas e botões inteiramente fechados (nos punhos e até o pescoço) criam um estereótipo fascinante. Esse estereótipo é poderoso; é como se cada um desses seres carregasse consigo toda a sabedoria do mundo, algo milenar, capaz de ensinar aos cegos o caminho das pedras, coisas assim.   Isto sem contar o ar de intelectual e, ao mesmo tempo, de trabalhador, daqueles que pegam no pesado. Alguns reproduzem belas histórias, vivências que jamais tiveram.  Na juventude, embarquei nesse ideal romântico. Hoje penso que tudo isto é inviável, desde que o mundo é mundo; as ideias são comoventes, porém não deram certo em lugar nenhum do planeta. E, no comando, apesar dos bem intencionados, muita  corrupção.  

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Creio que o mais perto que se pode chegar de igualdade para toda a população, em um país continental como o nosso (independentemente de cor, gênero, preferência sexual, etnia, ideologia etc.), é se o imposto do contribuinte for usado integralmente com lisura e responsabilidade. Só assim haverá educação de qualidade na rede pública de ensino.

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Imaginemos um país em que todas as crianças tenham acesso à escola e, após o ensino fundamental, estejam completamente alfabetizadas, capazes de realmente compreender um texto, resolver equações simples, conhecer as quatro operações, contar a história de seu país, além de reconhecer os continentes no globo.  Nesse país de honestidade, o jovem de família pobre pode concorrer em igualdade de condições com o jovem de família abastada e conquistar sua vaga em um concurso público. Isto é igualdade de oportunidades para todos. Tudo passa pela Educação. É o que penso.  Cada um no seu quadrado, respeito as diferenças.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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