Terça-feira, 19 de maio de 2020 - 10h17
Muitas
pessoas consideram que a maior equidade de gênero faz com que o feminismo já
não seja necessário no século XXI. Embora possam existir diferentes opiniões,
alguns dados indicam o contrário. Venha saber por que faz sentido falar de
feminismo no século XXI.
O feminismo é um movimento com muitos anos de
existência e que passou por inúmeras vagas. Muitas vezes mal compreendido, este
designa, fundamentalmente, um movimento pela equidade entre homens e mulheres.
Isto é: a igualdade de direitos e de oportunidades para ambos os gêneros.
Com um enfoque na equidade, esse movimento acabaria se expandindo para
trabalhar também questões relacionadas com os homens, com as raças e com as
formas distintas de sexualidade.
Com as mudanças no mundo e as conquistas femininas ao longo das lutas
feministas, muitas pessoas consideram que já foi atingido um patamar que torna
o feminismo desnecessário. Ainda assim, existem ainda fortes movimentos
feministas no mundo, que insistem que a luta é permanente e necessária para que
se possa fazer face a uma história que, por muitos séculos, remeteu a mulher
para o espaço privado, silenciando-a e impedindo-a de atingir um sucesso
equivalente ao dos homens.
Hoje, apresentamos alguns dos motivos pelos quais poderá ainda, no século XXI,
fazer sentido falar de feminismo. Venha conhecer algumas razões.
1. Acesso aos cargos de poder e a empregos específicos
Hoje em dia, já é mais simples encontrar mulheres em cargos de poder em várias
empresas internacionais e em meios que, anteriormente, eram do domínio
masculino.
No mundo dos esportes ou na linha da frente dos jogos e tecnologias, encontramos hoje vários
cargos ocupados por mulheres que, há algumas décadas, certamente não
conseguiriam tal feito.
Ainda que o cenário apresente contornos mais positivos no acesso a esse tipo de
cargos, no entanto, é ainda possível verificar uma disparidade percentual entre
o número de homens em cargos de poder e o número de mulheres na mesma posição.
Na política, é também comum que as mulheres ocupem as pastas que se consideram
mais leves, como a cultura e a educação; sendo que, com algumas exceções
internacionais, pastas como economia ou saúde costumam ser gerenciadas por
homens.
2. Remuneração distinta para o mesmo cargo
Também ainda existem, nos nossos dias, vários casos em que, para um mesmo
cargo, função e responsabilidade, as mulheres contam com remunerações inferiores
às dos homens.
Essa tem sido uma das lutas feministas do momento e sente-se, já, que os seus
efeitos estão, lentamente, promovendo a mudança.
3. Violência contra as mulheres
Pode ser argumentado que a violência doméstica não é apenas praticada por homens.
Ainda assim, as estatísticas globais mostram que as mulheres são as maiores
vítimas desse tipo de violência.
Além da violência dentro dos relacionamentos, as mulheres são também as maiores
vítimas de violência sexual, sendo que o Brasil conta com um elevado número de
estupros.
Mundialmente, as mulheres são ainda vítimas frequentes de tráfico humano para
fins de escravatura ou de exploração sexual.
Esse tipo de violência contra as mulheres explica também a necessidade do
feminismo nos nossos dias.
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