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Feminismo no século XXI: faz sentido?


Feminismo no século XXI: faz sentido? - Gente de Opinião

Muitas pessoas consideram que a maior equidade de gênero faz com que o feminismo já não seja necessário no século XXI. Embora possam existir diferentes opiniões, alguns dados indicam o contrário. Venha saber por que faz sentido falar de feminismo no século XXI.

O feminismo é um movimento com muitos anos de existência e que passou por inúmeras vagas. Muitas vezes mal compreendido, este designa, fundamentalmente, um movimento pela equidade entre homens e mulheres. Isto é: a igualdade de direitos e de oportunidades para ambos os gêneros.
Com um enfoque na equidade, esse movimento acabaria se expandindo para trabalhar também questões relacionadas com os homens, com as raças e com as formas distintas de sexualidade.
Com as mudanças no mundo e as conquistas femininas ao longo das lutas feministas, muitas pessoas consideram que já foi atingido um patamar que torna o feminismo desnecessário. Ainda assim, existem ainda fortes movimentos feministas no mundo, que insistem que a luta é permanente e necessária para que se possa fazer face a uma história que, por muitos séculos, remeteu a mulher para o espaço privado, silenciando-a e impedindo-a de atingir um sucesso equivalente ao dos homens.
Hoje, apresentamos alguns dos motivos pelos quais poderá ainda, no século XXI, fazer sentido falar de feminismo. Venha conhecer algumas razões.

1. Acesso aos cargos de poder e a empregos específicos


Hoje em dia, já é mais simples encontrar mulheres em cargos de poder em várias empresas internacionais e em meios que, anteriormente, eram do domínio masculino.
No mundo dos esportes ou na
linha da frente dos jogos e tecnologias, encontramos hoje vários cargos ocupados por mulheres que, há algumas décadas, certamente não conseguiriam tal feito.
Ainda que o cenário apresente contornos mais positivos no acesso a esse tipo de cargos, no entanto, é ainda possível verificar uma disparidade percentual entre o número de homens em cargos de poder e o número de mulheres na mesma posição.
Na política, é também comum que as mulheres ocupem as pastas que se consideram mais leves, como a cultura e a educação; sendo que, com algumas exceções internacionais, pastas como economia ou saúde costumam ser gerenciadas por homens.

2. Remuneração distinta para o mesmo cargo


Também ainda existem, nos nossos dias, vários casos em que, para um mesmo cargo, função e responsabilidade, as mulheres contam com remunerações inferiores às dos homens.
Essa tem sido uma das lutas feministas do momento e sente-se, já, que os seus efeitos estão, lentamente, promovendo a mudança.

3. Violência contra as mulheres


Pode ser argumentado que a violência doméstica não é apenas praticada por homens. Ainda assim, as estatísticas globais mostram que as mulheres são as maiores vítimas desse tipo de violência.
Além da violência dentro dos relacionamentos, as mulheres são também as maiores vítimas de violência sexual, sendo que o Brasil conta com um elevado número de estupros.
Mundialmente, as mulheres são ainda vítimas frequentes de tráfico humano para fins de escravatura ou de exploração sexual.
Esse tipo de violência contra as mulheres explica também a necessidade do feminismo nos nossos dias.

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