Domingo, 15 de outubro de 2023 - 12h24
Senhor,
Sou apenas alguém
assustado face ao mundo (Terceiro),
Um mundo que os grossos
volumes não contêm
Mas que aprendemos a
conhecer-lhe o fel
Em cada esquina, ao
longo desta trajetória.
Senhor,
Consciente de minha
fragilidade,
Temo por meus alunos e
ponho-me a pensar:
Deve o Mestre ser um
grande? Um forte? Um sábio?
Vejo daqui, desta mesa
tosca de professor-sub,
Dezenas de
juvenilidades a esperar de mim
Mais do que lhes posso
dar;
São tropicália nos
olhos e nas cores várias,
Sementes de Brasil tão
raras...
Senhor,
Sinto-me igual a eles e
não apenas no comum dos traços,
Criança franzina,
percorri os mesmos espaços
E deixei perder os meus
sonhos no caminho.
Não todos. De um cuidei
com especial carinho;
Ajuda-me a cultivá-lo,
Senhor,
Para que eu possa
reparti-lo, multiplicá-lo
E assim acender em cada
coração,
Embora tênue, uma chama
de anseio,
Um ideal, Uma
aspiração.
Sandra Castiel é
professora, escritora, membro efetivo da Academia de Letras de Rondônia.
Poema escrito na
quietude de uma sala de aula do Colégio Carmela Dutra, enquanto os jovens
alunos, concentrados, faziam prova de língua portuguesa. Década de 1990.
Quisera eu ser psicanalista… Poder desvendar os complexos meandros da mente, até onde a limitada capacidade humana alcança. Saber que há um acervo
Sou uma pessoa de sono difícil e sonhos perturbadores, custo a crer que não são realidade. Aliás, na madrugada, passei mal e precisei de atendimento
Quando eu era nova, o tempo não era um tema que eu considerasse instigante. Para mim bastava pensar que a vida é o que é, ou seja, tudo se modifica
Ela não era fumante, nunca foi, e se casou com meu pai, que fumava desde a meninice. Ela passava mal com o cheiro forte do cigarro impregnado nos le